quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Hora de pensar no Workshop - novas reflexões
No dia 18 de junho de 2016 publiquei, como faço em todo final de semestre, uma postagem que reflete o fechamento do semestre. Link para postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2016/06/hora-de-pensar-no-workshop.html
E agora não poderia ser diferente. O final de mais um semestre se aproxima e está na hora de fechá-lo com uma boa postagem de reflexão sobre nossas atividades. Foi um semestre especial, o tão temido estágio foi realizado. Medo, angustia, trabalho, satisfação, encantamento, aprendizagens, são palavras que definem essa etapa do curso.
Sempre comento o sentimento de unidade de existe entre as Interdisciplinas do curso. O quanto elas se interligam, se sobrepõe, se cruzam e nos fazem relacionar os novos conhecimentos adquiridos na nossa caminhada. Este semestre não foram só as Interdisciplinas que se cruzaram, mas foi o próprio estágio que possibilitou colocarmos em prática todas as aprendizagens, as reflexões num só lugar: a sala de aula.
Senti falta de tempo e de espaço para poder contar e refletir aqui no blog os acontecimentos do estágio, pois acho que refletir sobre as postagens anteriores, embora nos enriqueça cognitivamente, roubou o tempo de escrevermos sobre nossa prática. As duas coisas não dava para fazer...
Tentei ao máximo relacionar as postagens com o estágio, mas nem sempre foi possível...
É chegada a hora de finalizarmos os relatórios de estágio e realizarmos a síntese reflexiva para o workshop!!! O tempo é curto (isso reclamo sempre). Acho que as orientações vêm em cima da hora e, pessoalmente, eu precisaria de mais tempo para pensar e escrever. Mas essa "pressão" também é um aprendizado... e confesso, esse foi um dos maiores que tive no curso: ler, refletir e escrever sem "saborear" o processo. Perde-se de um lado mas, em tempos de correria, em que tudo muda tão rapidamente, esse é um aprendizado necessário.
E é isso... bom workshop a todos e todas!!!!!!!!!!!!!!!!
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Novas reflexões sobre a Educação Musical no Brasil
No dia 1 de novembro de 2015 publiquei o link de um artigo de Nilza Carla Teixeira que trata da Educação Musical no Brasil - "Marcos históricos da Educação Musical no Brasil"
Link da postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2015/11/achei-um-artigo-muito-interessante.html
No dia 15 de novembro de 2015 publiquei um manifesto dos educadores musicais. Em poucas palavras coloco a importância da Educação Musical na escola e a dificuldade que se tem para pô-la em prática em um ambiente ainda conservador, como é a escola.
Link da postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2015/11/manifesto-dos-educadores-musicais.html
O artigo de Teixeira nos conta o quanto a Educação Musical já fez parte dos currículos escolares no Brasil e o quanto ela já se afastou deles. E o manifesto criado por mim mostra que atualmente, apesar da percepção da sua importância, a Educação Musical ainda é marginalizada nas escolas.
Mas aos poucos essa situação está mudando. Aumentam as atividades musicais nas escolas e novos espaços para a aula de Música vão sendo criados. A comunidade escolar passa a valorizar os aprendizados musicais e novos adeptos e oportunidades vão se abrindo.
Hoje, na Rede Municipal de Porto Alegre temos diversos projetos ligados à Música que oferecem atividades no contra turno para os alunos da escola regular. Afora isso, a Música está presente no currículo escolar, sendo oferecida como disciplina obrigatória.
Muito me orgulho dessa caminhada, pois quando me formei ainda era um sonho ver a Música fazendo parte do dia a dia dos alunos das escolas públicas. Essas conquistas são resultado de esforços de muitas pessoas envolvidas com o processo de inserção da música no currículo da educação básica.
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Alfabeto de instrumentos musicais - novas reflexões
No dia 26 de outubro de 2015, postei algumas fotos de um alfabeto de instrumentos musicais que elaborei quando ainda não era alfabetizadora, mas sim professora de Música.
Link para postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2015/10/e-por-falar-em-alfabetizacao-hoje-vou.html
Hoje, trabalhando diretamente com alfabetização é que percebo a importância daquele alfabeto na sala de música.
Temos um alfabeto na parede de nossa sala e ele serve de apoio para várias atividades que fazemos. Fato esse perfeitamente normal para uma turma de alfabetização. Porém, gostaria de pensar no processo de alfabetização como algo constante, que não para quando os alunos são promovidos para as séries finais.
Na época em que realizei a postagem, eu ministrava aula somente para as séries finais do ensino fundamental e usava aquele alfabeto na sala em que atendia aqueles alunos. Pensava na época que tratava-se apenas de levar aos meus alunos conhecimento a espeito de novos e diferentes instrumentos musicais.
Hoje, no entanto, trabalhando com alfabetização, entendo que ter aquele alfabeto na parede não apenas levava informações a respeito de música para meus alunos mas de certa forma contribuía para seu processo de letramento.
A constante exposição de diferentes palavras e a consequente leitura por parte dos alunos, seja qual for suas idades ou etapa escolar que se encontrem, auxiliam na sua alfabetização. Passam a conhecer novas palavras, tornar sua leitura fluente, interessar-se por diferentes assuntos...
Sem saber, estava alfabetizando meus alunos!!!
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Escolas asas e escolas gaiolas - novas reflexões
No dia 17 de setembro
de 2016 postei algumas reflexões acerca de um texto de Rubens Alves
chamado Gaiolas ou asas?.
Link
para a postagem:
Neste
texto Rubens Alves escreve
sobre dois tipos de escola: as escolas gaiolas e as escolas asas. As
escola gaiolas reprimem, seguem programas conteudistas, tentam conter
os alunos. "Escolas que são gaiolas existem para que os
pássaros desaprendem a arte do voo. Pássaros engaiolados são
pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para
onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de
ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo"
(ALVES, 2002, p. 29).
As
escolas asas, por outro lado, libertam, ensinam os alunos a pensarem
por si próprios, ensinam a caminharem sozinhos. "Escolas que
são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os
pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar.
Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce
dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser
encorajado" (ALVES, 2002, p. 29).
As
escolas asas não podam as crianças. É comum os alunos irem
perdendo a espontaneidade dos primeiros anos de escola, como se
tivessem sido domesticados. A preocupação com os conteúdos, a
disciplina, fazem com que mecanismos de repressão sejam usados em
escolas gaiolas. Os alunos aprendem o que e como os professores
decidem. Nas escolas asas os alunos são encorajados a falar, lutar.
Suas inteligências outras (que as escolas gaiolas desdenham) são
valorizadas. Sentem-se capazes.
E
de que forma podemos fazer uma escola asa?
Rubens
Alves resume a boa educação em duas palavras: ferramenta e
brinquedo.
"Ferramentas" são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. "Brinquedos" são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo o coral da Nona Sinfonia [Beethoven]. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramenta e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramenta e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramenta me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma (ALVES, 2002, p. 32).
São
palavras que resumem uma forma fascinante de educar. Fiquei
encantada...
Na
postagem do dia 17 de setembro de 2016, escrevi sobre uma
apresentação musical que teve na escola, tendo participado um grupo
de alunos da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), os
alunos do grupo de música da escola e eu ao piano. A
plateia consistia em alunos com idades entre 6 e 14 anos. A atenção
desses alunos, o respeito, a admiração eram coisas lindas de
se ver.
Estávamos
ensinando brinquedos!!! Alimentando a alma de nossos alunos.
Não posso deixar de
fazer a mesma relação com as atividades que tenho desenvolvido no
meu estágio. A semana que passou foi, em especial, repleta de
atividades que podemos considerar de “brinquedos”, próprias de
escolas asas.
Fomos à Feira do
Livro, assistimos a uma apresentação do músico Frank Jorge, fomos
até a sala de música da escola, tocamos piano e outros
instrumentos, iniciamos os trabalhos sobre a Consciência Negra...
Abrimos o espaço da sala de aula para que nossos alunos pudessem
“voar”. Expandimos os horizontes do processo de
ensino-aprendizagem, mostrando outras possibilidades de aprender, de
conhecer, de ver, sentir e viver.
Ainda temos muitas
atividades planejadas, como filme, janta especial, sarau...
Muitas reflexões estão
sendo feitas a partir destas atividades. Estamos conseguindo
estabelecer relações entre uma atividade e outra, entre diferentes
temas. Estamos amadurecendo nosso jeito de ensinar e aprender.
Fico feliz em
participar deste processo, de ensinar e aprender com meus alunos, com
os colegas, com a escola. De ensinar e aprender “brinquedos”!!!
Alunos junto ao piano da escola
Frank Jorge na Feira do Livro
Alunos assistindo ao Frank Jorge na Feira do Livro
Referências
ALVES,
Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por
uma educação romântica.
Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Novas perspectivas... - novas reflexões
No dia 19 de março de 2016 realizei uma postagem que tratava de novas perspectivas minhas ao assumir o Laboratório de Aprendizagem da escola. Como professora de Música, nunca havia trabalhado com alfabetização e aquela seria minha primeira oportunidade de me aproximar a prática com as aprendizagens do PEAD.
Link para postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2016/03/novas-perspectivas.html
Hoje me encontro em uma situação bem diferente daquela. Não trabalho mais no Laboratório de Aprendizagem da escola, voltei à minha área: a Música. No entanto, o fato de estar realizando o estágio obrigatório me coloca em uma perspectiva muito diferente.
Já realizei oito senas de estágio, me aproximo do fim, faltando apenas duas semanas para o término.
Esta experiência, na qual também me deixou com milhões de expectativas, me ensinou e me fascinou de uma forma que eu jamais imaginei.
Pela primeira vez assumi uma turma diariamente, quatro horas por dia. O que antes me apavorava, pois tinha muito medo de não dar conta, hoje me alegra e me ensina.
Alfabetizar jovens e adultos, ver seus progressos, suas aprendizagens, seus ensinamentos e suas consequentes satisfações foi transformador na minha carreira de professora.
Tenho uma satisfação imensa em sentir o interesse, a boa vontade, a gratidão daqueles que diariamente se deslocam até a escola, muitas vezes cansados, para receberem e serem recebidos por mim.
É tudo muito diferente de trabalhar no Laboratório de Aprendizagem. Hoje tenho contato diário, posso dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem meu e de meus alunos.
Me sinto mais madura, com melhor suporte... afinal, estamos na finaleira do PEAD.
Apesar de todas as turbulências e da loucura que nossa vida se transforma ao cursar o semestre de estágio de uma graduação, estou satisfeita e feliz com o trabalho que venho realizando.
Link para postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2016/03/novas-perspectivas.html
Hoje me encontro em uma situação bem diferente daquela. Não trabalho mais no Laboratório de Aprendizagem da escola, voltei à minha área: a Música. No entanto, o fato de estar realizando o estágio obrigatório me coloca em uma perspectiva muito diferente.
Já realizei oito senas de estágio, me aproximo do fim, faltando apenas duas semanas para o término.
Esta experiência, na qual também me deixou com milhões de expectativas, me ensinou e me fascinou de uma forma que eu jamais imaginei.
Pela primeira vez assumi uma turma diariamente, quatro horas por dia. O que antes me apavorava, pois tinha muito medo de não dar conta, hoje me alegra e me ensina.
Alfabetizar jovens e adultos, ver seus progressos, suas aprendizagens, seus ensinamentos e suas consequentes satisfações foi transformador na minha carreira de professora.
Tenho uma satisfação imensa em sentir o interesse, a boa vontade, a gratidão daqueles que diariamente se deslocam até a escola, muitas vezes cansados, para receberem e serem recebidos por mim.
É tudo muito diferente de trabalhar no Laboratório de Aprendizagem. Hoje tenho contato diário, posso dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem meu e de meus alunos.
Me sinto mais madura, com melhor suporte... afinal, estamos na finaleira do PEAD.
Apesar de todas as turbulências e da loucura que nossa vida se transforma ao cursar o semestre de estágio de uma graduação, estou satisfeita e feliz com o trabalho que venho realizando.
domingo, 11 de novembro de 2018
Classificação e seriação – Novas reflexões
No dia 23 de outubro de 2016, realizei uma postagem sobre
seriação. Esse conceito foi bastante trabalhado naquele semestre, pois tanto a
Matemática, como Ciências e História abordaram tal conceito com as
especificidades que cada área exige.
Naquela postagem fiz algumas reflexões relacionando o conceito
“seriação’ com meu trabalho de pesquisa de pós-graduação que curso em outra
universidade.
Link para postagem:
Hoje quero voltar à esta postagem para refletir sobre um
trabalho feito com minha turma de estágio onde foi abordado o tema “classificação”.
No dia 16 de outubro de 2018, iniciei um trabalho de classificação com os alunos. Quando cursei a Interdisciplina Representando o mundo pela Matemática, achei essa atividade interessante. Considerando o conceito de classificação do site Mdmat, plataforma que usávamos para realizar as atividades, temos:
A atividade, no entanto, foi além destes objetivos da área da Matemática. O fato de lerem e escreverem palavras do seu dia a dia ajudou para o processo de alfabetização. Fora isso, a questão da organização espacial do caderno também foi trabalhada. Alguns alunos ainda escrevem de forma aglomerada, sem deixar linhas em branco de uma atividade para outra, dificultando o entendimento da escrita. O fato de construírem uma tabela para fazerem a classificação, os ajudou nessa organização.
Eu havia, inicialmente, planejado propor a classificação em "alimentos" e "não alimentos". No entanto, dos quinze itens citados por eles, apenas um não foi alimentação. Diante disso, solicitei a classificação em "usamos para fazer o almoço", "usamos para preparar o lanche" e "não é alimento".
Abaixo, o caderno da aluna S. Vejam como ela separou as três categorias mas não conseguiu fazer a tabela.
No dia 16 de outubro de 2018, iniciei um trabalho de classificação com os alunos. Quando cursei a Interdisciplina Representando o mundo pela Matemática, achei essa atividade interessante. Considerando o conceito de classificação do site Mdmat, plataforma que usávamos para realizar as atividades, temos:
Classificar trata de uma atividade que pode ser considerada como pré-numérica e de valor básico para a compreensão do número. Numa primeira fase é importante desenvolver a capacidade de se estabelecer critérios ou atributos para um conjunto de objetos. Ao separar os objetos segundo os critérios definidos, se evidenciam os conjuntos, possibilitando a passagem por um primeiro estágio do pensamento lógico e um fundamento necessário para a compreensão da inclusão de classes e a classificação hierárquica. Trata-se de um requisito prévio para que as crianças desenvolvam suas habilidades em formar conjuntos utilizando critérios mais abstratos.
A atividade, no entanto, foi além destes objetivos da área da Matemática. O fato de lerem e escreverem palavras do seu dia a dia ajudou para o processo de alfabetização. Fora isso, a questão da organização espacial do caderno também foi trabalhada. Alguns alunos ainda escrevem de forma aglomerada, sem deixar linhas em branco de uma atividade para outra, dificultando o entendimento da escrita. O fato de construírem uma tabela para fazerem a classificação, os ajudou nessa organização.
Eu havia, inicialmente, planejado propor a classificação em "alimentos" e "não alimentos". No entanto, dos quinze itens citados por eles, apenas um não foi alimentação. Diante disso, solicitei a classificação em "usamos para fazer o almoço", "usamos para preparar o lanche" e "não é alimento".
Abaixo, o caderno da aluna S. Vejam como ela separou as três categorias mas não conseguiu fazer a tabela.
Foi uma atividade importante, com vários aspectos da aprendizagem trabalhados, por isso repetimos na semana seguinte, usando os itens existentes na nossa casa e separando-os por cômodos.
Referência
MDMAT MÍDIAS DIGITAIS. Disponível em: <http://mdmat.mat.ufrgs.br/anos_iniciais/>. Acesso em 10 nov. 2018.
sábado, 3 de novembro de 2018
Matemática - Novas reflexões
No dia 15 de outubro de 2016 realizei uma postagem intitulada "Matemática". Nela faço um breve relato sobre o encantamento que tive ao cursar a Interdisciplina Representação do mundo pela Matemática. Me refiro às inúmeras atividades que tivemos acesso no site de mesmo nome da interdisciplina. Termino a postagem com a seguinte frase: Só tenho um desejo...conseguir encantar meus alunos como fui encantada...
Site da postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2016/10/matematica.html
No atual semestre, junto com o estágio, estou cursando a Interdisciplina eletiva Matemática para as séries iniciais. Novamente estou encantada, mas desta vez, com uma turma de estágio a minha disposição para aplicar as atividades sugeridas.
Meu estágio está sendo realizado em uma turma de EJA - Séries iniciais.
Contarei algumas atividades que realizei no estágio:
PLANIFICAÇÃO DE CUBOS
Trouxe vários cubos para os alunos observarem, brincarem, explorarem.
Depois entreguei um cubo de cartolina com uma bala dentro confeccionado por mim. Estavam colados apenas com uma fita, então pedi que os abrissem para acharem a bala. Com os cubos abertos, observamos seu formato "aberto". Pedi então que fizessem um desenho, ou uma letra, ou um número, algum sinal diferente em cada um dos espaços demarcados dos cubos. Depois montaram e desmontaram várias vezes, sendo orientados para observarem quais os desenho que ficavam em cima, atrás, ao lado.
Depois apresentei a seguinte atividade:
Foi difícil para eles. apenas dois alunos arriscaram responder e apenas um acertou. Essa é uma sinalização de que é preciso mais trabalhos desta natureza, que explorem noções de espaço, observação de um mesmo objeto por diferentes pontos de vista, entre outras.
Na próxima semana realizarei outra atividade sugerida na Interdisciplina de matemática envolvendo noções de espaço e forma.
A atividade consiste em confeccionar previamente as seguintes figuras em EVA:
Colocá-las em um saco e pedir que cada alunos tire cinco peças. Os alunos deverão construir uma figura usando suas peças e depois desenhá-la e pintá-la em uma folha.
Colocar no quadro uma tabela instituindo valores para cada figura geométrica:
triângulo menor = 1 ponto
triângulo maior = 7 pontos
quadrado menor = 2 pontos
quadrado maior = 8 pontos
círculo menor = 3 pontos
círculo maior = 9 pontos
Fazer perguntas para responderem oralmente:
Quantos pontos cada composição vale?
Qual das construções vale mais pontos?
E qual vale menos?
Quantos pontos vale a sua composição?
E a do seu colega?
Qual a diferença de pontos?
Que figuras, juntas, representam essa diferença?
domingo, 21 de outubro de 2018
O "ver" e o "olhar". O "ouvir" e o "escutar" - Novas reflexões
No dia 24 de setembro de 2016, postei uma reflexão sobre o ver e o olhar relacionando com o escutar e o ouvir.
Link para postagem:
https://keniaswerner.blogspot.com/2016/09/o-ver-e-o-olhar-o-ouvir-e-o-escutar.html
Depois, no dia 1 de outubro de 2016, complementei a postagem com algumas fotos da minha escola:
https://keniaswerner.blogspot.com/2016/10/ainda-sobre-o-ver-e-o-olhar.html
Este sempre foi um assunto que me faz pensar sobre as infinitas possibilidade que ele nos traz. A "cegueira" e a "surdez" que temos perante a fatos corriqueiros de nosso dia a dia faz com que não prestemos atenção a coisas interessantes que acontecem ao nosso redor.
Este semestre estou participando de um curso de extensão universitária chamado Cartografando a escola: o diário de campo on line e a experiência docente. Este curso foi criado para nos oferecer uma ferramenta tecnológica para a realização do nosso estágio e está nos proporcionando muitas aprendizagens. O que me levou a citar este curso foram dois textos oferecidos pelo professor Daniel de Queiroz Lopes: Educando o olhar da observação - Aprendizagem do olhar, de Madalena Freire Weffort (1996), e O funcionamento da atenção no trabalho do cartógrafo, de Virgínia Kastrup (2007).
Estes dois textos vieram agregar dados às minhas reflexões a respeito do "ver" e do "ouvir".
Ambos os textos tratam da "atenção" ao observar. Kastrup analisa a atenção no Método Cartográfico, criado por Deluze e Guattari, que visa acompanhar o processo, e não representar um objeto. A atenção, analisada pela autora a partir de Freud (atenção flutuante) e Bergson (reconhecimento atento), é tomada como ponto fundamental na etapa da "coleta de dados" ou, numa visão construtivista, da "produção de dados" da pesquisa.
A atenção é tomada com a função de "detecção de signos e forças circulantes, de pontas do processo em curso" (p. 15), e enquanto processo complexo em suas várias combinações (seletivo ou flutuante, focado ou desfocado, concentrado ou disperso, voluntário ou involuntário).
A cartografia adota uma política cognitiva construtivista, que toma o mundo como uma invenção, como engendrado conjuntamente com o agente do conhecimento, exigindo uma "atenção cartográfica", ou seja, flutuante, concentrada e aberta".
Neste sentido, Freire nos traz uma reflexão a respeito da aprendizagem do olhar (ver) e do ouvir (escutar) atentos, elementos fundamentais para a atenção cartográfica.
Neste processo de aprendizagem, a autora constata alguns movimentos na sua construção:
- o movimento de concentração para a escuta do próprio ritmo, aquecimento do próprio olhar e registro da pauta para a observação. O que se quer observar, que hipóteses se quer checar, o que se intui que não se vê, não se estende, não se sabe qual o significado, etc.;
- o movimento que se dá no registro das informações, seguindo o que cada um se propôs na pauta planejada. Onde o desafio em sair de si para colher os dados da realidade significativa e não da idealizada;
- o movimento de trazer para dentro de si a realidade observada, registrada, para assim poder pensá-la, interpretá-la. É enquanto reflito sobre o que vi, que a ação de estudar extrapola o patamar anterior. Neste movimento podemos nos dar conta do que ainda não sabemos, pois iremos nos defrontar com nossas hipóteses adequadas e inadequadas e construir um planejamento do que falta observar, compreender, estudar (FREIRE, 1996, p. 1-2).
As colocações acima vêm adicionar ingredientes às minhas reflexões. Num momento em que estamos realizando nosso estágio curricular, em que temos que estar o tempo inteiro observando e percebendo as diferentes correntes, movimentos, energias que circulam em nossas salas de aulas, precisamos aprender a ver e escutar com atenção cartográfica. Só assim poderemos entender de fato o processo dos acontecimentos em curso, seja dos nossos alunos, da escola, do grupo de professores, da comunidade escolar. De tudo aquilo que nos interessa para entendermos o que faz de nossos alunos serem o que são e a partir disso, traçar estratégias de ensino e aprendizagem condizentes às necessidades de nosso público.
Referências
KASTRUP, Virgínia. O funcionamento da atenção no trabalho cartógrafo. Psicologia & Sociedade; 19 (1): 15-22, jan./abr. 2007.
WEFFORT. Madalena Freire. Educando o olhar da observação: Aprendizagem do olhar. In: FREIRE, Madalena. Observação, registro e reflexão: instrumentos metodológicos I. 2 ed. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1996.
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Uma possível pesquisa sobre alfabetização - nova reflexão
No dia 18 de outubro de 2015 realizei uma pequena postagem em que demonstro interesse pela teoria de Emília Ferreiro. Sem aprofundar o assunto, manifestei curiosidade em relacionar essa teoria com as teorias de aprendizagem musical.
Link para postagem original:
https://keniaswerner.blogspot.com/2015/10/uma-possivel-pesquisa-sobre_18.html
Hoje, devido ao estágio obrigatório que estou realizando, reencaminho meu interesse sobre como essa teoria pode me auxiliar na alfabetização da EJA. Sendo assim, farei algumas colocações gerais a respeito da biografia da autora e de sua teoria, e após, algumas reflexões em relação à essa teoria e as atividades que estou desenvolvendo no estágio obrigatório do PEAD. Vamos à ela!
Emilia Beatriz Maria Ferreiro Schiavi (1937 - ) é natural da cidade de Buenos Aires, Argentina. Formou-se em Psicologia pela Universidade de Buenos Aires. Trabalhou como pesquisadora-assistente de Jean Piaget (1896-1980) na Universidade de Genebra-Suíça e obteve o título de PhD na linha de pesquisa inaugurada por Hermine Sinclair, denominada por Piaget de Psicolinguística Genética (Revista Viver Mente & Cérebro, 2005). No ano de 1979, atuou no Centro de Investigações de Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, localizado no México e nele exerce suas funções até os dias atuais (OLIVEIRA MELLO, s.d., p.04). Emilia Ferreiro está viva, possui 81 anos de idade, é residente no México e tem dois filhos.
Suas pesquisas se caracterizam por serem pertencentes a concepção educacional construtivista, ou seja, seus estudos colocam o aluno como o centro do processo educativo, observam os mesmos como indivíduos ativos, reflexivos. Ela acredita que a criança constrói sua própria escrita, logo não compreendem esse sistema por meio do emprego da cópia. Ferreiro procurou compreender quem era o sujeito infantil e como ele constrói suas concepções sobre o sistema de escrita. Entendeu que enfrentam diversas fases que os conduzirão a se apropriarem do sistema de leitura e escrita. (FERREIRO; TEBEROSKY, 1985).
Para Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1944 - ), que auxiliou Emilia nas pesquisas, a aprendizagem da leitura e da escrita se dá em quatro fases, denominadas pelas autoras de: pré-silábico; silábico; silábico-alfabético e alfabético.
Vejamos um ditado que fiz com meus alunos do estágio:
No trabalho acima, percebemos que o aluno não possui valor sonoro das palavras. Para ele, escrever uma palavra bata um encadeamento de letras.
Este aluno do trabalho acima consegue escrever as palavras, já está alfabetizado.
Este aluno possui o valor sonoro das vogais da primeira sílaba das palavras.
Este aluno conseguiu colocar a primeira letra de cada palavra. Possui valor sonoro
Cada um destes alunos está no seu tempo de alfabetização. Respeitando suas bagagens fora da escola, suas hipóteses de escrita, há de se traçar diferentes estratégias para ajudá-los na sua caminhada até a alfabetização. Percebo como é importante nos apoiarmos em uma teoria para entendermos os diferentes processos de nossos alunos. E nada melhor que Emilia Ferreiro!!!!!
REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. 3º edição. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1985.
OLIVEIRA MELO, Márcia Cristina de. A contribuição do pensamento de Emilia Ferreiro para a história da alfabetização no Brasil. São Paulo, s.d. Disponível em: < http://sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe2/pdfs/Tema4/4103.pdf> Acesso em:12 out. 2018.
terça-feira, 9 de outubro de 2018
Uma brincadeira com copos e os conhecimentos acionados - nova reflexão
No dia 27 de setembro de 2015 postei o vídeo de uma atividade que realizei com meus alunos em uma aula de música.
Link da postagem original:
https://keniaswerner.blogspot.com/2015/09/uma-brincadeira-com-copos-e-os.html
Link para o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=upDJiMmXAEY
Naquela postagem fiz uma rápida relação com os quatro tipos de conhecimento: social, motor, físico e lógico que estávamos trabalhando na Interdisciplina de Alfabetização. Hoje, relendo a postagem, percebo o quanto mais poderia ter explorado essa relação entre o aprendizado no PEAD e minha prática. Vamos a ela!
Tipos de conhecimentos
De acordo com Annamaria Píffero Rangel (2008), Piaget identificou três tipos de conhecimento: físico, lógico-matemático e social. A autora ainda acrescenta um quarto tipo, o conhecimento motor ou procedural. É importante a consciência desses diferentes tipos de conhecimento, pois cada um deles exige diferentes estratégias para serem desenvolvidos.
CONHECIMENTO FÍSICO: "É aquele que se pode obter pela manipulação direta dos objetos. Por exemplo: pegar na mão um cubo de madeira e sentir sua textura, seu peso, enfim, suas propriedades" (p.30).
CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO: "Decorrente de um estabelecimento de relações e que precisa de conhecimentos físicos, motores e sociais para ocorrer. Por exemplo: pegar um cubo de madeira e um de vidro e verificar qual é o mais frio" (p. 30).
CONHECIMENTO SOCIAL: "Trata-se de uma convenção de um grupo social e varia de povo para povo, de grupo para grupo. Por exemplo: MESA - o mesmo objeto é chamado de MESA em português, de TABLE em francês (...)" (p. 31).
CONHECIMENTO MOTOR OU PROCEDURAL: "(...) está relacionado à melhoria motora que ocorre quando é feito um exercício. Exemplo: aprender a andar de bicicleta" (p. 34).
A atividade dos copos
A atividade dos copos é uma brincadeira musical que consiste em formar um círculo onde cada criança segura um copo. Cantando eles realizam uma espécie de coreografia com os copos, sendo que em dado momento o copo é passado para o colega ao lado (conforme o vídeo).
Essa brincadeira envolve os quatro tipos de conhecimentos:
Conhecimento físico: a própria manipulação dos copos faz com que o participante diferencie os diferentes tamanhos, texturas que os copos apresentam (pois não são exatamente iguais todos eles);
Conhecimento motor: a coreografia, a passagem dos copos para o colega ao lado exige do participante a coordenação motora necessária para tal;
Conhecimento Social: as regras da brincadeira não são conhecidas pelos participantes antes de serem explicadas por alguém ou observadas quando outros estão a praticar a brincadeira;
Conhecimento lógico: a relação entre a letra da música e os movimentos que devem ser feitos com os copos exigem um conhecimento lógico do participante.
Há muitas outras brincadeiras que, como essa, envolvem os quatro tipos de conhecimentos. De uma forma lúdica, estaremos oferecendo ao alunos momentos prazerosos de aprendizagens.
Referências
RANGEL, Annamaria Píffero. Alfabetizar aos seis anos. Porto Alegre: Mediação, 2008.
Link da postagem original:
https://keniaswerner.blogspot.com/2015/09/uma-brincadeira-com-copos-e-os.html
Link para o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=upDJiMmXAEY
Naquela postagem fiz uma rápida relação com os quatro tipos de conhecimento: social, motor, físico e lógico que estávamos trabalhando na Interdisciplina de Alfabetização. Hoje, relendo a postagem, percebo o quanto mais poderia ter explorado essa relação entre o aprendizado no PEAD e minha prática. Vamos a ela!
Tipos de conhecimentos
De acordo com Annamaria Píffero Rangel (2008), Piaget identificou três tipos de conhecimento: físico, lógico-matemático e social. A autora ainda acrescenta um quarto tipo, o conhecimento motor ou procedural. É importante a consciência desses diferentes tipos de conhecimento, pois cada um deles exige diferentes estratégias para serem desenvolvidos.
CONHECIMENTO FÍSICO: "É aquele que se pode obter pela manipulação direta dos objetos. Por exemplo: pegar na mão um cubo de madeira e sentir sua textura, seu peso, enfim, suas propriedades" (p.30).
CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO: "Decorrente de um estabelecimento de relações e que precisa de conhecimentos físicos, motores e sociais para ocorrer. Por exemplo: pegar um cubo de madeira e um de vidro e verificar qual é o mais frio" (p. 30).
CONHECIMENTO SOCIAL: "Trata-se de uma convenção de um grupo social e varia de povo para povo, de grupo para grupo. Por exemplo: MESA - o mesmo objeto é chamado de MESA em português, de TABLE em francês (...)" (p. 31).
CONHECIMENTO MOTOR OU PROCEDURAL: "(...) está relacionado à melhoria motora que ocorre quando é feito um exercício. Exemplo: aprender a andar de bicicleta" (p. 34).
A atividade dos copos
A atividade dos copos é uma brincadeira musical que consiste em formar um círculo onde cada criança segura um copo. Cantando eles realizam uma espécie de coreografia com os copos, sendo que em dado momento o copo é passado para o colega ao lado (conforme o vídeo).
Essa brincadeira envolve os quatro tipos de conhecimentos:
Conhecimento físico: a própria manipulação dos copos faz com que o participante diferencie os diferentes tamanhos, texturas que os copos apresentam (pois não são exatamente iguais todos eles);
Conhecimento motor: a coreografia, a passagem dos copos para o colega ao lado exige do participante a coordenação motora necessária para tal;
Conhecimento Social: as regras da brincadeira não são conhecidas pelos participantes antes de serem explicadas por alguém ou observadas quando outros estão a praticar a brincadeira;
Conhecimento lógico: a relação entre a letra da música e os movimentos que devem ser feitos com os copos exigem um conhecimento lógico do participante.
Há muitas outras brincadeiras que, como essa, envolvem os quatro tipos de conhecimentos. De uma forma lúdica, estaremos oferecendo ao alunos momentos prazerosos de aprendizagens.
Referências
RANGEL, Annamaria Píffero. Alfabetizar aos seis anos. Porto Alegre: Mediação, 2008.
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
As amarras do planejamento das aulas do estágio
Eis aqui um trecho da minha primeira reflexão sobre a prática pedagógica do estágio:
Uma das minhas maiores inquietações no processo do estágio é ter que planejar com antecedência. Como professora de Artes, eu tinha o planejamento, mas ele oscilava de acordo com o andamento da turma. Muitas vezes entrei na sala com um propósito, planejamento pronto, olhei para os alunos e mudei completamente o que havia planejado, pois percebia que estavam querendo outro tipo de atividade. Por mais que esteja deixando em aberto meu planejamento para editar depois, me sinto “amarrada” por ele, pois a medida que as aulas vão acontecendo, vou tendo ideias que acho que seriam legais para aquele momento.
Entendo que seja necessário eu organizar, definir meus objetivos para a semana, mas ter que fazer o planejamento nos mínimos detalhes, indicando quais atividades exatas que vou aplicar, me parecem que são atitudes que vão de encontro ao que estudamos no PEAD. A proposta de uma educação que se propõe partir dos interesses dos alunos, deve deixar uma margem maior para o planejamento do decorrer da semana. De acordo com Zen e Xavier (2011, p. 32), “'planejamento é processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indissociáveis'. Ao revisarmos uma ação realizada, estamos preparando uma nova ação num processo contínuo e initerrupto”.
Referência
ZEN, Maria Isabel H. Dalla; XAVIER, Maria Luisa M. (Orgs). Planejamento em destaque: análises menos convencionais. Porto Alegre: Mediação, 2011.
terça-feira, 25 de setembro de 2018
Primeiro dia de estágio
Ontem foi minha primeira aula do estágio.
Trata-se de uma turma de EJA (na verdade duas, pois a T11 e a T21 são atendidas juntas) da E.M.E.F. Judith Macedo de Araújo.
Eu estava nervosa, ansiosa, não tinha ideia do que e como iria acontecer. A professora ficou um tempo na sala para me auxiliar e depois saiu.
Meu plano de aula acabou na metade da aula, pois os alunos foram mais rápidos do que eu imaginei. Adiantei uma parte do plano da aula de hoje e, por sorte, eu tinha algumas atividades que preparei para momentos como esse.
Me deparei com uma heterogeneidade da turma que, embora eu soubesse que existia, pelas conversas com a professora e observações, me vi no papel de ter que mediá-la. Uma grande diversidade de idades, de níveis de aprendizagem, gostos... foi um desafio... ou melhor... está sendo!!!!
Há alunos que já conseguem formar frases, enquanto outros ainda não tem o valor sonoro das palavras... outros que sabem ler, mas não escrever... outros que sabem ler, mas pensam que não sabem...
Havia somente 9 alunos na aula. Pude dar atenção a todos, conversar, propor, contemplar...
As falas ao final da aula foram positivas. Eles parecem ter gostado.
E eu sai encantada!!!! A vontade deles de aprender, de saber, de conseguir ler é algo que emociona.
Que venha as próximas 176 horas de estágio...
Trata-se de uma turma de EJA (na verdade duas, pois a T11 e a T21 são atendidas juntas) da E.M.E.F. Judith Macedo de Araújo.
Eu estava nervosa, ansiosa, não tinha ideia do que e como iria acontecer. A professora ficou um tempo na sala para me auxiliar e depois saiu.
Meu plano de aula acabou na metade da aula, pois os alunos foram mais rápidos do que eu imaginei. Adiantei uma parte do plano da aula de hoje e, por sorte, eu tinha algumas atividades que preparei para momentos como esse.
Me deparei com uma heterogeneidade da turma que, embora eu soubesse que existia, pelas conversas com a professora e observações, me vi no papel de ter que mediá-la. Uma grande diversidade de idades, de níveis de aprendizagem, gostos... foi um desafio... ou melhor... está sendo!!!!
Há alunos que já conseguem formar frases, enquanto outros ainda não tem o valor sonoro das palavras... outros que sabem ler, mas não escrever... outros que sabem ler, mas pensam que não sabem...
Havia somente 9 alunos na aula. Pude dar atenção a todos, conversar, propor, contemplar...
As falas ao final da aula foram positivas. Eles parecem ter gostado.
E eu sai encantada!!!! A vontade deles de aprender, de saber, de conseguir ler é algo que emociona.
Que venha as próximas 176 horas de estágio...
terça-feira, 18 de setembro de 2018
Matemática e Artes Visuais
A Interdisciplina Matemática nos deu como tarefa criar uma atividade em que trabalhássemos com nossos alunos bidimensionalidade e tridimensionalidade. Para nos orientar, disponibilizou um vídeo de um material desenvolvido e pesquisado pelo Professor Eduardo Scorzelli.
Link para acessar o material:
https://pt.slideshare.net/kadusp/linguagem-bidimensional-e-tridimensional
O material é de excelente qualidade e está totalmente relacionado com Artes Visuais, pois apresenta materiais artísticos para exemplificar os conceitos de bidimensionalidade e tridimensionalidade.
Não tivemos a Interdisciplina de Artes Visuais por problemas técnicos da administração do curso, e não sei se teremos a oportunidade de cursá-la. Esse vídeo, no entanto, nos oferece uma excelente oportunidade de relacionarmos estas duas áreas do conhecimento, e entender o quanto elas têm em comum.
Nesse vídeo temos a oportunidade de conhecer um pouco da obra do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher, que, com suas representações de construções impossíveis, nos proporciona um exercícios de ilusão de ótica.
Fica a sugestão de assistir o vídeo, pesquisar um pouco mais sobre a vida e obra de Escher e montar um projeto para trabalhar Artes Visuais e Matemática de uma forma super interdisciplinar!
Link para acessar o material:
https://pt.slideshare.net/kadusp/linguagem-bidimensional-e-tridimensional
O material é de excelente qualidade e está totalmente relacionado com Artes Visuais, pois apresenta materiais artísticos para exemplificar os conceitos de bidimensionalidade e tridimensionalidade.
Não tivemos a Interdisciplina de Artes Visuais por problemas técnicos da administração do curso, e não sei se teremos a oportunidade de cursá-la. Esse vídeo, no entanto, nos oferece uma excelente oportunidade de relacionarmos estas duas áreas do conhecimento, e entender o quanto elas têm em comum.
Nesse vídeo temos a oportunidade de conhecer um pouco da obra do artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher, que, com suas representações de construções impossíveis, nos proporciona um exercícios de ilusão de ótica.
Fica a sugestão de assistir o vídeo, pesquisar um pouco mais sobre a vida e obra de Escher e montar um projeto para trabalhar Artes Visuais e Matemática de uma forma super interdisciplinar!
sexta-feira, 14 de setembro de 2018
Experiência
Na
postagem anterior citei brevemente o texto Notas sobre
experiência e o saber de experiência,
de Jorge Larrosa Bondía. Hoje quero “explorá-lo” melhor por
achar que é um texto que nos sussita muitas reflexões sobre
diversas coisas em nossa vida, mas principalmente sobre nossa prática
pedagógica.
O
autor inicia o texto propondo pensarmos a educação a partir do par
experiência/sentido.
Segue chamando atenção para o que chamou de poder das
palavras. “Creio que fazemos
coisas com as palavras e, também, que as palavras fazem coisas
conosco” (BONDÍA, 2002, P. 21). O texto segue fazendo uma longa
exposição em que a “palavra” é extremamente valorizada pelo
autor.
O homem é um vivente com palavra. E isto não significa que o homem tenha a palavra ou a linguagem como uma coisa, ou uma faculdade, ou uma ferramenta, mas que o homem é palavra, que o homem é enquanto palavra, que todo humano tem a ver com a palavra, se dá em palavra, está tecido de palavras, que o modo de viver próprio do vivente, que é o homem, se dá na palavra e com palavra (BONDÍA, 2002, P. 21).
Aqui gostaria de fazer um contraponto citando o livro Vozes
plurais, da filósofa italiana Adriana Cavarero (2011). Neste
livro Cavarero resgata a unicidade da voz, que, segundo a autora,
perdeu seu status na Modernidade.
O primeiro lugar é ocupado por uma constatação tão simples quanto fundamental. A tradição filosófica não se limita a ignorar a unicidade das vozes, mas ignora a unicidade como tal, de qualquer modo que ela se manifeste. A singularidade inimitável de cada ser humano, a unicidade encarnada que distingue cada um de qualquer outro, é, para os gostos universalistas da filosofia um dado supérfluo, se não desconcertante, além de epistemológicamente impróprio. Por mais desestimulante que seja, isso não basta para liquidar a importãncia temática da voz. A voz não pode se tornar um tema indiferente para um tipo de saber que se inaugura na Grécia como autoclarificação do logos e que chega no século XX, após vários e coerentes desdobramentos que duram alguns milênios, à tematização obsessiva da linguagem (CAVARERO, 2011, p. 24).
Mas
voltemos a questão da experiência, que é o que mais me interessa
na narativa de Bondía. E para isso, cito uma frase do autor que dá
setido ao tema: A experiência é o que nos passa, o que
nos acontece, o que nos toca (p.
21). Não devemos confundir experiência com informação, pois a
informação impede que a experiência aconteça. O saber da
experiência é diferente do saber coisas, de acumular informações.
Bondía
atribui o “excesso de
opinião” que
atualmente estamos acostumados a ter sobre tudo e sobre todos, um dos
impedidores da experiência. “Para nós, a opinião, como a
informação, converteu-se em um imperativo” (p. 22). Também a
falta de tempo,
é fator desconstrutor da experiência. “Tudo o que se passa passa
demasiadamente depressa. E com isso se reduz o estímulo fugaz e
instantâneo, imediatamente substituído por outro estímulo ou por
outra excitação igualmente fugaz e efêmera” (p. 23). Excesso
de trabalho
também é as vezes confundido com experiência.
A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque, requer um gesto de interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm: requer parar para pensar, parar para olhar,parar para escutar, pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismoda ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço (BONDÍA, 2002, p. 24).
O
autor segue o texto escrevendo sobre o sujeito da experiência e o
que sobre o que a própria palavra experiência nos
diz. São reflexões igualmente maravilhosas, mas por hoje ficaremos
som essa primeira parte que já é bastante provocante.
Se
considerarmos a experiência como que Bondía, pergunto: o
que fazemos para proporcionarmos experiências aos nossos alunos?
Será que damos o tempo
necessário a eles para que ocorra a experiência? Quantas vezes nos
preocupamos em ocupá-los o máximo possível com tarefas, a fim de
que não parem de trabalhar... cobramos suas opiniões, oferecemos
excessivas informações...
Quando paramos para dar tempo a cada um dos nossos alunos pensarem,
acharem soluções...
E será que prestar mais atenção na voz, no som por si só, naquele que identifica cada pessoas por ele mesmo, com sua unicidade, como propõe Cavarero... não seria uma experiência?
E será que prestar mais atenção na voz, no som por si só, naquele que identifica cada pessoas por ele mesmo, com sua unicidade, como propõe Cavarero... não seria uma experiência?
Talvez
nas séries iniciais seja mais fácil dar tais oportunidades aos
alunos, porém esse processo se perde nas séries finais, seja pela
falta de recursos, “fatiamento do tempo” (DRUMMOND apud
OLIVEIRA et all,s/d),
ou tantos outros impecilhos que encontramos no dia a dia.
É
preciso ler textos como os de Bondía para nos “balançar”, no
fazer “parar para pensar” e dar tempo aos nossos alunos e a nós
mesmos, nos deixar ter experiências...
Referências
BONDÍA,
Jorge Larosa. Notas
sobre a experiência e o saber da experiência. Rev.
Bras. Educ. [on
line].
2002, n. 19, p. 20-28.
CAVARERO, Adriana. Vozes plurais: filosofia da
expressão vocal. Tradução: Flavio Terrigno Barbeitas. Belo
Horizonte: UFMG, 2011.
OLIVEIRA,
Cristiane Elvira de Assis et all. Questões
sobre o tempo no espaço escolar. s/d.
Disponível em:
<http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf>.
Acesso em 11 set. 2018.
terça-feira, 11 de setembro de 2018
Primeira orientação para o estágio
Ontem, dia 10 de setembro, segunda-feira, tivemos nossa primeira orientação de estágio com a Professora Tânia Marques. Como não havia sala disponível na FACED, fizemos nosso encontro no ICS. A professora disponibilizou o horário das 16h às 20h, sendo que as alunas chegavam e saíam a qualquer tempo, dependendo de suas disponibilidades.
Regado a café, bolachas e pipocas, conversamos, trocamos ideias e recebemos as orientações!
As perguntas eram muitas, dúvidas quanto ao período de estágio, algumas ainda sem escolas... como fazer? como planejar?
Em linhas gerais, recebemos as seguintes orientações:
Devemos, no PB Works, escrever sobre nossa escola, nossa turma e ainda fazer o plano de estágio.
Semanalmente devemos fazer o planejamento e, ao final de cada semana, fazer uma reflexão sobre nossa prática.
Uma coisa que questionei foi a necessidade de fazermos o planejamento uma semana antes de aplicá-lo. Entendo que há a necessidade de tempo para que a professora e a tutora o leiam, porém, penso que, para fazer o planejamento semanal, preciso refletir sobre como aconteceu a semana que passou, ou seja, eu precisaria planejar no final de semana, para aplicá-lo na semana imediatamente posterior, pois deve ser uma continuidade do desenrolar do processo. Porém não daria tempo das professoras lerem.
Considero esse ponto um impasse. Impasse surgido devido as condições impostas pelo sistema universitário, pela correria do dia a dia, pelo nosso ritmo de vida. Estou ciente de que o planejamento será em linhas muito gerais, pois terei que adaptá-lo de acordo com o andamento das atividades.
Quero fazer algumas reflexões sobre o tempo. Para isso voltei ao texto de Oliveira et all (s/d) nos oferecido na Interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais. Este texto, com título de Questões sobre o tempo no espaço escolar, coloca a disparidade entre o "tempo escolar", dividido em anos letivos, trimestres, períodos, e o tempo de aprendizagem dos alunos. Ou mesmo o tempo do professore, o tempo de planejar, de refletir, de trocar com seus pares.
Ao lado disso, temos o texto de Jorge Larrosa Bondía, Notas sobre a experiência e o saber de experiência, que está sendo trabalhado nas interdisciplinas Educação à Distância e Ambientes de Aprendizagem e Cultura Digital e Mídias Móveis na Educação. Esse autor coloca a experiência como algo "que nos passa, que nos acontece, que nos toca". Entre outros fatores que não permitem que tenhamos experiências, é a falta de tempo. A loucura do dia a dia não nos permite parar para experienciar, para deixar-se tocar, afetar...
Agora, na situação de estagiária, me vejo sobre o impasse do "tempo". Diante da falta dele, não poderei planejar sobre a minha reflexão, pois o planejamento já estará pronto!!! Afora os milhões de outras coisas que tenho para fazer além do estágio (trabalho, doutorado, casa, família...) que também recai sobre o fator "tempo", pequenos impasses como este nos atrapalham e prejudicam o andamento dos projetos.
Este foi só um exemplo para pensarmos o quanto as pequenas coisas que acontecem no dia a dia nos causam empecilhos que temos que contornar e resolver...
Referências:
BONDÍA, Jorge Larosa. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Rev. Bras. Educ. [on line]. 2002, n. 19, p. 20-28.
OLIVEIRA, Cristiane Elvira de Assis et all. Questões sobre o tempo no espaço escolar. s/d. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf>. Acesso em 11 set. 2018.
Regado a café, bolachas e pipocas, conversamos, trocamos ideias e recebemos as orientações!
As perguntas eram muitas, dúvidas quanto ao período de estágio, algumas ainda sem escolas... como fazer? como planejar?
Em linhas gerais, recebemos as seguintes orientações:
Devemos, no PB Works, escrever sobre nossa escola, nossa turma e ainda fazer o plano de estágio.
Semanalmente devemos fazer o planejamento e, ao final de cada semana, fazer uma reflexão sobre nossa prática.
Uma coisa que questionei foi a necessidade de fazermos o planejamento uma semana antes de aplicá-lo. Entendo que há a necessidade de tempo para que a professora e a tutora o leiam, porém, penso que, para fazer o planejamento semanal, preciso refletir sobre como aconteceu a semana que passou, ou seja, eu precisaria planejar no final de semana, para aplicá-lo na semana imediatamente posterior, pois deve ser uma continuidade do desenrolar do processo. Porém não daria tempo das professoras lerem.
Considero esse ponto um impasse. Impasse surgido devido as condições impostas pelo sistema universitário, pela correria do dia a dia, pelo nosso ritmo de vida. Estou ciente de que o planejamento será em linhas muito gerais, pois terei que adaptá-lo de acordo com o andamento das atividades.
Quero fazer algumas reflexões sobre o tempo. Para isso voltei ao texto de Oliveira et all (s/d) nos oferecido na Interdisciplina Representação do Mundo pelos Estudos Sociais. Este texto, com título de Questões sobre o tempo no espaço escolar, coloca a disparidade entre o "tempo escolar", dividido em anos letivos, trimestres, períodos, e o tempo de aprendizagem dos alunos. Ou mesmo o tempo do professore, o tempo de planejar, de refletir, de trocar com seus pares.
Ao lado disso, temos o texto de Jorge Larrosa Bondía, Notas sobre a experiência e o saber de experiência, que está sendo trabalhado nas interdisciplinas Educação à Distância e Ambientes de Aprendizagem e Cultura Digital e Mídias Móveis na Educação. Esse autor coloca a experiência como algo "que nos passa, que nos acontece, que nos toca". Entre outros fatores que não permitem que tenhamos experiências, é a falta de tempo. A loucura do dia a dia não nos permite parar para experienciar, para deixar-se tocar, afetar...
Agora, na situação de estagiária, me vejo sobre o impasse do "tempo". Diante da falta dele, não poderei planejar sobre a minha reflexão, pois o planejamento já estará pronto!!! Afora os milhões de outras coisas que tenho para fazer além do estágio (trabalho, doutorado, casa, família...) que também recai sobre o fator "tempo", pequenos impasses como este nos atrapalham e prejudicam o andamento dos projetos.
Este foi só um exemplo para pensarmos o quanto as pequenas coisas que acontecem no dia a dia nos causam empecilhos que temos que contornar e resolver...
Referências:
BONDÍA, Jorge Larosa. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Rev. Bras. Educ. [on line]. 2002, n. 19, p. 20-28.
OLIVEIRA, Cristiane Elvira de Assis et all. Questões sobre o tempo no espaço escolar. s/d. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf>. Acesso em 11 set. 2018.
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
Inclusão na Educação de Jovens e Adultos
Volto a escrever sobre a Educação de Jovens e Adultos porque farei o estágio nesta modalidade de ensino e tenho pensado sobre as especificidades que ela possui. Além das características dos alunos da EJA já tão comentadas na nossa Interdisciplina Educação de Jovens e Adultos, a turma que farei o estágio se caracteriza por ter um grande número de alunos de inclusão. Falo de problemas de aprendizagem, pessoas com deficiências mentais, alguns bastante graves. Isto significa que terei que criar estratégias não só para trabalhar com alunos da EJA, mas também para trabalhar com alunos de inclusão.
Encontrei um texto cujo título é Inclusão na Educação de Jovens e Adultos, de Christofoli (2009). Este título me chamou atenção, por achar que trataria de inclusão nos termos de deficiências mentais. É um texto bastante interessante, em que a autora retoma o histórico da EJA no Brasil e trata da diversidade do público da EJA, citando alunos deficientes. Mas não trata especificamente sobre o assunto.
É hora de fazer uma síntese das Interdisciplinas EJA e Educação de Pessoas com Necessidades Especiais e me imbuir de teorias que possam me auxiliar. Pensar numa prática que contemple estas duas especificidades da turma que farei o estágio. Duplo desafio!!!!
Referências
CHRISTOFOLI, Maria Conceição Pillon. Inclusão na Educação de Jovens e Adultos. In: MEDEIROS, Isabel Leticia; MORAES, Salete Campos de; SOUZA, Magali Dias de. Inclusão Escolar: práticas e teorias. Porto Alegre: Redes, 2009.
terça-feira, 28 de agosto de 2018
Educação aberta
Neste semestre estou
cursando duas interdisciplinas eletivas: Cultura digital e mídias
móveis na educação e Educação
à distância e ambientes de aprendizagem.
Elas dialogam entre si e nos trazem importantes reflexões.
Hoje
quero fazer algumas considerações a partir do texto Educação
aberta: configurando ambientes, práticas recursos educacionais,
de Tel Amiel (2012), proposto como leitura na interdisciplina Cultura
digital.
A
autora define “educação aberta” como: “Fomentar (ou ter a
disposição) por meio de práticas, recursos e ambientes abertos,
variadas configurações de ensino e aprendizagem, mesmo quando essas
aparentam redundância, reconhecendo a pluralidade de contextos e as
possibilidades educacionais para o aprendizado ao longo da vida”
(AMIEL, 2012, p. 19).
A
partir deste conceito o texto discorre sobre o que a autora chamou de
“configurações de ensino-aprendizado”: ambientes abertos,
recursos abertos e práticas abertas. Estas configurações de
ensino-aprendizado são parte da necessidade da escola se
“reinventar”, aproximando-se da realidade dos novos tempos. E as
novas mídias vêm dar um impulso gigantesco a essa reinvenção da
escola. Novos espaços, novas formas, novos tempos são possíveis na
educação. A única possibilidade de esdudar até então, um
professor para vários alunos, em uma escola presencial, passa a ser
somente “mais uma” possibilidade. Novas configurações de
ensino-aprendizado se abrem com aulas EAD e milhões de pessoas têm
acesso a formação.
Mas
também é importante refletir sobre outras as possibilidades de
“abertura” do ensino-aprendizado, não somente a educação à
distância. Não é preciso da dependência das novas mídias para
que aconteça essa abertura. Até porque elas ainda não são
acessíveis à grande parte da população brasileira. Abrir
significa usar os recursos que temos de forma diferente, compartilhar
nossas experiências, reinventar as práticas com os velhos recurso,
as vezes únicos disponíveis.
Não
se trata de tarefa fácil, e talvez já venhamos fazendo isso há
muito tempo, mas lembrar e saber que não estamos sozinhos, ajuda a
continuarmos lutando por uma educação cada vez melhor.
Referência
AMIEL,
T. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos
educacionais. In Recursos Educacionais Abertos... / orgs. Pretto,
N.L.; Rossini, C.; Santana, B. São Paulo/Salvador: Casa da Cultura
Digital e EDUFBA, 2012. Disponível
em http://www.aberta.org.br/livrorea/livro/livroREA-1edicao-mai2012.pdf .
Acessado em agosto de 2018
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Reiniciando os trabalhos...
VIII SEMESTRE...
É chegada a hora do tão temido ESTÁGIO...
Muita ansiedade...
Bom semestre para todos nós!!!!!!!!!!!!!!
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