segunda-feira, 24 de junho de 2019

Finalizando os trabalhos...



Enfim... depois de uma longa e árdua caminhada, chegamos ao fim.

Nestes quatro anos de PEAD muitas foram as dificuldades, as aprendizagens, as amizades, as alegrias, os desânimos...

Lembro bem da correria que foi para reunir a documentação necessária para a matrícula, após a aprovação no vestibular... isso lá em 2014! O diploma e histórico do ensino médio finalizado em 1987... consegui!!!!!!!!!

Depois aprender a lidar com o pbworks... que coisa mais difícil. Foi a primeira vez que pensei em desistir. Mas aprendi... (muito embora já tenha esquecido kkkkkk)...

Depois as infinitas leituras... muitas delas interessantíssimas... mas como arrumar tempo para degustá-las? Fiz aos trancos e barrancos, prometendo para mim mesma que voltaria a elas um dia para refletir sobre as tantas informações e reflexões que nos traziam... será que conseguirei?????

No final de cada semestre os WORKSHOPS... que tensão...

No primeiro semestre de 2016 tive que cursar uma disciplina do Doutorado em Belo Horizonte. Viajei quinze vezes até BH, tornando impossível frequentar as aulas presenciais do PEAD... cheguei bem perto de ter que abandonar o curso, o que me entristeceu muuuuuuito... mas mais uma vez consegui contornar a situação graças a compreensão da Direção e consegui permanecer no curso. Mais uma vitória!!!!!!!

Depois veio o estágio... o que de fato mais me apavorou foi a ideia de ter que dar três meses de aula para uma turma só!!! Mas daí veio o encantamento... me apaixonei pelos alunos, pela ideia de alfabetizar adultos... pela rotina de ensinar e aprender com aqueles alunos queridos. Amei e pensei... poderia fazer isso pelo resto de minha vida!!!!!!!!!

E enfim o TCC... esse eu tirei de letra... o relatório de estágio foi bem feito e dele pude aproveitar muita coisa... e de mais a mais... estava (ainda estou) escrevendo paralelamente a minha Tese de Doutorado, o que faz com que minha escrito flua de uma forma tranquila...

Em setembro tudo se acaba... formatura do PEAD... defesa do Doutorado... um ciclo (ou dois) que se fecha deixando uma infinidade de aprendizagens.

Quando entrei no PEAD jamais imaginei que seria uma experiência tão rica para minha vida. Sou extremamente grata aos professores, aos colegas, as tutoras que fizeram desta experiência algo tão bacana!

E que venha a formatura, simbolizando o fechamento de uma etapa importante e muito rica em nossas vidas!!!!!

Já realizamos a prova de toga, muitas fotos foram tiradas e já deu para sentir o gostinho da formatura.

O TCC já foi terminado, as tarefas de Artes e de Criatividade já foram concluídas e postadas e esta é a última postagem do blog exigida para completar as atividades necessárias para nos formar!!!!

Mistura de alívio, de felicidade, mas também de apreensão, pois por mais que reclamássemos das tantas atividades que tínhamos, nos livrar delas dá uma sensação de vazio... mas com certeza não faltará atividades para preenchermos esse vazio, pois todas nós temos alunos que nos preenchem e são a razão para termos cursado o PEAD.

Que venha a formatura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



OBRIGADA PEAD!!!

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Educação aberta... novas reflexões


No dia 28 de agosto de 2018 publiquei um texto sobre Educação Aberta. Na época estava cursando duas disciplinas eletivas: Cultura digital e mídias móveis na educação e Educação à distância e ambiente de aprendizagem.

Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2018/08/em-construcao.html

A postagem reflete sobre o texto Educação aberta: configurando ambientes, prática e recursos educacionais (Amiel, 2012). Essa autora define educação aberta da seguinte forma: "fomentar (ou ter a disposição) por meio de práticas, recursos e ambientes abertos, variadas configurações de ensino e aprendizagem, mesmo quando essas aparentam redundância, reconhecendo a pluralidade de contextos e as possibilidades educacionais para o aprendizado ao longo da vida" (AMIEL, 2012, p. 19).

A Educação aberta como define Amiel, tem muito a ver com o projeto que estou desenvolvendo como trabalho final da Interdisciplina Criatividade. Com o propósito de criar algo inovador para nossas práticas, estou planejando produzir pequenos vídeos que possam orientar meus alunos de teclado nos seus estudos domiciliares. Eis o esboço do projeto:


Título da Atividade: Aulas de Teclado em grupos


  1. MOTIVAÇÃO

No ano de 2019 troquei de escola e tive um novo desafio: dar aulas de teclado em grupos de até oito pessoas. Tradicionalmente as aulas de instrumentos, principalmente teclado, são ministradas individualmente, dando atenção total para o aluno, trabalhando-se questões teóricas, técnicas e de repertório. Precisei desenvolver uma forma de trabalhar que contemplasse essa nova perspectiva de ensinar o instrumento.


  1. DESCRIÇÃO

O Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (CMET) é uma escola que atende, nos três turnos, somente alunos de EJA. Além da educação regular, possui alguns projetos, como teatro, dança, capoeira e o Centro Musical. Estes projetos atendem não apenas os alunos regularmente matriculados na escola, mas também pessoas da comunidade, partindo do princípio da educação continuada ao longo da vida, a chamada função permanente da EJA.

Mais do que uma função, ela é o próprio sentido da EJA. Ela tem como base o caráter incompleto do ser humano cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares. Mais do que nunca, ela é um apelo para a educação permanente e criação de uma sociedade educada para o universalismo, a solidadriedade, a igualdade e a diversidade (PARECER CNE/CEB 11/2000, p. 11).

O Centro Musical oferece aulas de violão, flauta, cavaquinho, teclado, técnica vocal, canto e teoria e percepção. Este é o primeiro ano que o Centro Musical oferece aulas de teclado e eu sou a professora. Para iniciarmos conseguimos oito teclados, entre doações, empréstimos de professores e dois que o Centro já possuía. Tínhamos alguns problemas iniciais, como apenas uma tomada na sala, nos obrigando a colocar várias extensões para ligar todos eles. Com isso, faltaram as extensões. Enfim, vários problemas técnicos que foram resolvidos com a participação e colaboração dos professores e dos alunos.
Minha formação é em Piano. Basicamente a diferença entre o teclado e o piano é que o teclado tem menos teclas e elas são mais “leves” que a do piano, impossibilitando algumas formas de expressão (como tocar forte ou fraco, por exemplo). Mas essas não foram as razões que me vi obrigada a pensar uma forma diferente de dar aula. O fato é que aulas de instrumentos, principalmente o piano, é ministrada individualmente, sendo dada toda atenção a apenas um aluno durante uma hora/aula. Obviamente em uma escola pública isso não seria possível, então montamos grupos com oito alunos (número de teclados disponíveis) e eu tive que me organizar para atendê-los.
O primeiro passo foi pedir que trouxessem fones de ouvido para que cada um pudesse tocar seu instrumento sem atrapalhar os outros. Comecei então a atender um a um, ficando os alunos tocando sozinhos enquanto eu atendia os outros. Com duração de uma hora e meia cada aula, não era suficiente esse atendimento, pois muitos alunos precisam repetir muitas vezes cada peça ou exercício técnico proposto para que fixem a forma correta e possam estudar sozinhos em casa. Principalmente os alunos iniciantes, essa autonomia é mais difícil, pois a maioria deles nunca haviam tido aulas de teclado. Para os alunos iniciantes, estou usando o livro The Leila Fletcher Piano Course, um método progressivo de ensino que possibilita o trabalho com a clave de Sol e de Fá paralelamente. Embora as peças/estudos sejam bastante simples, requerem certos cuidados para o estudo correto.
Para auxiliar esses alunos, pretendo gravar vídeos em que eu toque as músicas para os alunos terem uma referência em casa. Esses vídeos serão enviados para o grupo de watts app para que todos tenham acesso. Neles serão mostrados aspectos técnicos, como dedilhado, altura das notas, etc., e expressivos, como andamento, intensidade, fraseado, etc. Isso impedirá que os alunos estudem cometendo pequenos erros que depois de incorporados, são difíceis de reorganizar.



  1. NATUREZA INOVADORA

Não há exatamente uma grande novidade em gravar vídeos explicativos para se ensinar um instrumento musical, no entanto, creio que a inovação se dá pelo contexto de aula presencial em grupos, principalmente por os vídeos serem de exercícios e repertórios específicos vistos em aula. E ainda, os alunos estudam diferentes repertórios, então assistir aos vídeos feitos para os colegas, pode criar interesse por outros repertórios.
No texto Educação aberta: configurando ambientes, prática e recursos educacionais Amiel, (2012) trabalha com o conceito deescola aberta, que para a autora significa: "fomentar (ou ter a disposição) por meio de práticas, recursos e ambientes abertos, variadas configurações de ensino e aprendizagem, mesmo quando essas aparentam redundância, reconhecendo a pluralidade de contextos e as possibilidades educacionais para o aprendizado ao longo da vida" (AMIEL, 2012, p. 19). Sendo assim, quanto mais recursos oferecemos aos nossos alunos, mais oportunidades estamos dando para se dar aprendizagens.


4. OBJETIVOS

Criar estratégias para aula de teclado em grupo;
Atender um maior número de alunos nas aulas de instrumentos;
Possibilitar o estudo em casa do instrumento com autonomia por parte dos alunos.


5. METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS

Gravar vídeos explicativos de exercícios e repertórios específicos de cada aluno durante a aula presencial;
Compartilhar esses vídeos nos grupos de watts app para auxiliar os alunos nos estudos domiciliáres;
Conversar com os alunos sobre as formas de apresentar o conteúdo, adaptando de acordo com as necessidades e comentários dos alunos.



6. AVALIAÇÃO

A avaliação do aprendizado é feita semanalmente nas aulas presenciais. Os vídeos servem de apoio par que sejam corrigidas eventuais erros de interpretação. A cada aula será avaliada o avanço do aluno dentro de suas possibilidades. A partir destas avaliações individuais, será possível avaliar a eficácias desta estratégia para o ensino de teclado.



7. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que os alunos consigam orientar-se com autonomia nos estudos domiciliares diários, evitando erros de interpretação dos exercícios e repertórios.


Também gostaria de mencionar o fato da postagem ser um trabalho feito em uma das interdisciplinas. Muitas vezes isso é criticado pelos colegas e professores, no entanto penso que, sendo contextualizada e acompanhada de uma análise, é válida, pois acho uma pena entregarmos trabalhos para nossos professores e não compartilharmos com os colegas. Postar no blog uma atividade significa dar acesso a nossa produção acadêmica. 


terça-feira, 4 de junho de 2019

Fio condutor do VII semestre... novas reflexões (para o IX semestre)



No dia 18 de junho de 2018 publiquei algumas reflexões sobre o fio condutor do VII semestre do PEAD.

Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2018/06/fio-condutor-do-vii-semestre.html

Por fio condutor entendo o assunto, a ideia, aquilo que faz percebermos a relação entre os conteúdos trabalhados nas diferentes interdisciplinas do semestre. Como escrevi na referida postagem, no PEAD sempre foi possível essas relações, pois conseguimos perceber os pontos que se completam em uma interdisciplina e outra.

Neste semestre, o nosso último, achei que seria diferente, pois a Interdisciplina de Arte e Educação foi-nos oferecida tardiamente, fora do eixo a qual deveria pertencer originalmente de acordo com o currículo do curso. Tive, no entanto, a grande sorte de estar cursando paralelamente a disciplina eletiva de Criatividade.
Em muitos pontos elas se completam pois, embora se viu que a criatividade não é algo específico das Artes, ela está presente quase que inteiramente nela.
Mais uma vez pude usar os textos de uma interdisciplina para realizar as atividades de outra. Para o trabalho final de Artes, foi-nos proposto fazer um projeto a partir de observações de atividades de nossos alunos. O projeto que estou idealizando é embasado num vídeo assistido nas aulas de Criatividade, com a professora Ilíada de Castro.

Em que pese o planejamento e o projeto, quero chamar atenção para a possibilidade de comunicação entre as duas interdisciplinas, possibilitando fazer relações entre diferentes conhecimentos.




quinta-feira, 30 de maio de 2019

Centro de interesse... novas reflexões


No dia 5 de maio de 2018 publiquei no blog uma pequena reflexão sobre os “Centros de Interesse”. Na época estávamos cursando a Interdisciplina Didática, planejamento eavaliação. Nesta interdisciplina conhecemos várias formas de trabalhar com nossos alunos. Todas elas, em que pese suas especificidades, giravam em torno do interesse do aluno e do trabalho interdisciplinar.

Link para postagem:


Neste semestre estamos cursando a interdisciplina de Arte e educação. Temos a proposta de elaborar uma atividade de Artes para nossos alunos e para nos contextualizar, foi-nos sugerida a leitura do texto “O trabalho com Projetos”, um capítulo do livro “Pratica docente” de Maria Alice Proença. Muito mais que um guia para nos ajudar a realizar a tividade da interdisciplina, me pareceu retomar grande parte de nossos aprendizados no PEAD. No texto a autora nos traz as contribuições de Piaget, Wallon, Dewey, Kilpatrick, Malaguzzi, Stenhouse, entre outros para a proposta de trabalho com projetos. Poder reunir estes pensadores em volta de uma ideia, no mesmo texto, foi muito enriquecedor, pois me pareceu de certa forma “ordenar” meus conhecimentos. E mais, me pareceu retomar a linha mestra do nosso curso que é a percepção e reflexão sobre as relações entre os conhecimentos, sejam eles adquiridos fora ou dentro do curso.

Palavras como CURIOSIDADE, PESQUISA, LABORATÓRIO, RELAÇÕES PESSOAIS, AUTONOMIA, ENVOLVIMENTO NO PROCESSO, PARCERIAS, permeiam as reflexões da autora fazendo-nos querer trabalhar da forma com ela propõe.

Este ano não estou trabalhando em sala de aula regular, pois estou em um projeto de música da escola em que ensino teclado para adultos. Mesmo assim, fiquei ponderando infinitas possibilidades de trabalhar diferente do “tradicional” no ensino do instrumento. Me aproximar mais dos interesses dos alunos, promover sua autonomia, incentivar a criação, estão entre as propostas que pretendo levar para nossas aulas.

Enfim, talvez a professora de Artes nem saiba que, ficando a interdisciplina “para trás”, pois não foi ministrada no semestre a que estava programada, acabou por fazer uma espécie de fechamento do principal eixo do curso.

Referência:
PROENÇA, Maria Alice. Prática docente: a abordagem de Reggio Emilia e o trabalho com projetos, portfólios e redes formativas. São Paulo: Panda Books, 2019.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Inovações pedagógicas... novas reflexões

No dia 21 de abril de 2018 fiz uma postagem que considero uma das mais interessantes de todo o portfólio: transcrevi uma notícia do Jornal Correio do Povo de 1958 que descrevia o que era necessário para alguém ser professor primário. Na época, tratava-se de um concurso para professor, hoje, trata-se de um testemunho da história da educação.

Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2018/04/o-jornal-correio-do-povo-de-12-de-maio.html


Em seguida a descrição da notícia, fiz uma reflexão embasada no texto Inovações pedagógicas e a reconfiguração dos saberes no ensinar e no aprender na universidade, de Maria Isabel da Cunha (2004), estudado na Interdisciplina Educação e tecnologias da comunicação e informação

Neste texto, a autora traz os seguintes questionamentos:

Em que medida consigo atender as expectativas de meus alunos?
Como compatibilizá-las com as exigências institucionais?
Como motivar meus alunos para as aprendizagens que extrapolam o utilitarismo pragmático que está em seus imaginários?
Como trabalhar com turmas heterogenias e respeitar as diferenças?
Que alternativas há para compatibilizar as novas tecnologias com a reflexão ética?
De que maneira alio ensino e pesquisa?
Que competências preciso ter para interpretar os fatos cotidianos e articulá-los com meu conteúdo?
Como enfrento o desafio da interdisciplinaridade?
Continuo preocupado com o cumprimento do programa de ensino mesmo que os alunos não demonstrem interesse/prontidão para o mesmo?
Como, em contrapartida, garanto conhecimentos que lhes permitam percorrer a trajetória prevista pelo currículo?
Tem sentido colocar energias em novas alternativas de ensinar e aprender?
Como fugir de avaliações prescritivas e classificatórias e, ao mesmo tempo, manter o rigor no meu trabalho?
Como posso contribuir para propostas curriculares inovadoras?

Estes questionamentos vem a calhar para minha atual prática. Pela primeira vez, estou atuando como professora de teclado em uma escola do município de Porto Alegre. São aulas em grupos de oito pessoas. Isso tudo é uma novidade para mim, pois, além de ter atuado pouco como professora de teclado (minha formação é em piano) nunca havia trabalhado com grupos, somente com aulas individuais.

Embora eu esteja adorando o que estou fazendo, está sendo um desafio. Diariamente me faço as perguntas propostas por Cunha no texto citado acima. É algo completamente novo, me obrigou a rever, a revisitar, a repensar muitos conceitos da educação musical e da educação como um todo. Aos poucos vou conhecendo os alunos, sabendo de seus interesses, selecionando partituras, ensinando teorias, técnicas... um mundo muito diferente da sala de aula regular.

Essa atividade me desestruturou me obrigando a reconstruir minha forma de ensinar de um outro jeito. Tive que ter um outro olhar sobre minha prática para poder abarcar o grupo de alunos.

Mas o fato é que estou encantada! Nunca minhas aulas foram tão musicais como agora. Estou muito feliz!





segunda-feira, 6 de maio de 2019

Cultura digital... novas reflexões


No dia 29 de março de 2018, publiquei algumas reflexões sobre cultura digital a partir de um texto lido na Interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação.


Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2018/03/os-professores-da-interdisciplina.html

Na ocasião refleti prioritariamente sobre as condições materiais necessárias para o uso da tecnologia nas escolas e o quanto elas são precárias, principalmente nas escolas públicas. Trago aqui o mesmo trecho que citei na outra publicação:


Num pais de escala continental como o Brasil, as políticas e ações para a inclusão digital têm centrado seus esforços primordialmente em possibilitar o acesso a alguns recursos digitais, principalmente à internet. Porém, a reflexão sobre a via de exclusão que tem surgido em relação à cultura digital não pode ficar limitada às questões econômicas, à questão do acesso material aos aparatos tecnológicos que possibilitam o acesso ao mundo digital. É preciso levar em consideração a análise dos novos regimes cognitivos que se produzem em interação com as tecnologias digitais, principalmente nos espaços escolares, à medida que esses espaços passam a exercer papel primordial nas políticas públicas de inclusão digital. Nesse sentido, o problema de se fazer parte de uma cultura digital que entra na pauta das atribuições da escola traz à tona um duplo processo: técnico e simbólico; isto é, a discussão que envolve as tecnologias digitais exige que se leve em consideração tanto os aspectos técnicos quanto culturais. (LOPES; SCHLEMMER, 2012, p. 158).

Hoje gostaria de fazer uma relação entre a cultura digital e o ensino a distância. Como o trecho acima se refere também a aspectos culturais, é interessante pensar como o acesso a tecnologia ampliou o campo do ensino a distância. Lembro do tempo que ensino a distância era feito através de apostilas enviadas pelo correio, sem uma interação entre professores e alunos. A tecnologia nos trouxe outras possibilidades, um acesso infinitamente maior aos conhecimentos, uma possibilidade de trocas entre pessoas de diferentes lugares do mundo. É neste sentido que me refiro a uma mudança cultural. Antes a educação a distância era vista como uma educação deficitária, de menor valor. Hoje é possível a mesma qualidade de ensino a distância do que no presencial. Tudo isso graças a tecnologia. Neste sentido, houve uma mudança cultural na educação.



segunda-feira, 29 de abril de 2019

Método clínico... novas reflexões

No dia 25 de novembro de 2017 postei algumas reflexões sobre o Método Clínico. Na ocasião estávamos cursando a Interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II e tínhamos como tarefa aplicar esse método e apresentá-lo às colegas. Foi uma aula muito rica, pois, ao mesmo tempo que foi divertidíssima, pudemos observar nossos erro e acertos.

Link para a postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2017/11/metodo-clinico_25.html

Esta semana li um artigo muito interessante que trata da aplicação do método clínico na Educação Musical. O artigo é de Paula Pecker, uma educadora musical que trabalha como música na Educação Infantil, inclusive com bebês e suas famílias.
 Para essa autora

trata-se, fundamentalmente, de compreender a gênese da construção precoce de objetos de qualquer âmbito, inclusive musical, como ferramenta norteadora de uma prática essencialmente construtivista, que requer do professor agir e deixar os bebês agirem de forma espontânea em sala de aula e estar, todo o tempo, muito atento ao que acontece (PECKER, s/d, p. 2). 
É muito interessante pensar o método clínico em outras áreas do conhecimento. Em certa ocasião fiz uma disciplina como aluna ouvinte no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS e tive oportunidade de ouvir o relato de uma professora que aplicou o método clínico em um menino para analisar seu desenvolvimento musical. A experiência girou em torno de sinos de diferentes tamanhos em que a criança tinha que definir os sons graves e agudos de acordo com o tamanho do sino. Foi muito interessante e percebi que são muitos os caminhos que podemos percorrer com tal metodologia.

Atualmente estou lecionando a disciplina de Teclado em uma escola municipal que possui um centro musical. Mesmo meus alunos sendo adultos, o método clínico é passível de ser aplicado, uma vez que os conhecimentos musicais são construídos passo a passo em qualquer idade.



Link do texto completo:

https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/primeira-infancia/artigos/artigos-ano-2015/a-musica-e-os-bebes-uma-proposta-pedagogica-baseada-no-metodo-clinico-de-piaget-paula-cavagni-pecker-ano-2015

terça-feira, 23 de abril de 2019

Um dia de índio... no melhor dos sentidos... novas relfexões

No dia 23 de setembro de 2017, em função de estarmos cursando a Interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, relatei um passeio que fiz com meus alunos em uma aldeia Guarani no ano de 2014.

Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2017/09/para-interdisciplina-questoes-etnico.html

Foi uma experiência maravilhosa com muitas aprendizagens.

Lembre desta postagem porque conheci um e book chamado "Repensando os estereótipos: Dia do Índio". Nele encontramos várias sugestões para trabalharmos o Dia do Índio de uma forma crítica, aprofundada, inteligente.

Alguns exemplos:



A PRÁTICA DO MOTIRÕ

Respeitando as diversidades regionais, sugerimos trabalhar a prática do Motirõ que, na língua Tupi Guarani, significa a “reunião de pessoas que ajudam uns aos outros na colheita e/ou construção de algo para a tribo”. Essa prática é aplicada em grande parte das tribos brasileiras e tem muito a nos ensinar sobre cooperação, a competência que permeará todo esse projeto.


HONRANDO AS NOSSAS BASES

Culinária indígena (Educação Infantil) Organize uma atividade de culinária com as comidas típicas indígenas na qual todos os alunos irão cooperar, por exemplo: lavando os alimentos, colocando-os em recipientes, organizando o ambiente etc. Deverá ser mostrado aos alunos que a nossa história teve contribuições dos povos indígenas e que hoje temos muitos hábitos e costumes que aprendemos com eles.

OS JOGOS INDÍGENAS 

Os alunos deverão pesquisar sobre os principais jogos coletivos indígenas, suas origens e regras. Em seguida, deverão praticá-los nas aulas de movimento e Educação Física. A proposta é fazer com que reflitam sobre a importância de colaborar com o grupo na prática dos jogos e brincadeiras. Alguns desses jogos são: Akô (duas equipes correm em círculos, revezando em quatro atletas, usando uma varinha de bambu, espécie de bastão que vai passando de mão em mão), Katukaywa (espécie de futebol jogado com o joelho), Xikunahity (esporte também conhecido como futebol de cabeça. Em lugar do chute, a bola é empurrada com a cabeça dos participantes), entre outros que poderão ser pesquisados e propostos para as turmas.

TANTAS PALAVRAS: DESCOBRINDO A HISTÓRIA

Em grupos, os alunos pesquisarão palavras indígenas que utilizamos em nosso cotidiano, suas origens e seus significados. A ideia é fazer com que, por meio dessa pesquisa, eles possam conhecer um pouco mais da história da cultura indígena e sua influência na nossa cultura.

CESTOS E TRANÇADOS

Muitas tribos indígenas ainda trabalham com a técnica da tecelagem de cestos e trançados. Baseado nisso, proponha aos alunos a confecção de uma cesta que, além de bonita, servirá para trabalhar suas habilidades motoras e estimular a reciclagem de papel. Eles terão que colocar a mão na massa, ou melhor, nas fibras ou nos canudos feitos com folhas de revistas velhas ou jornais. A técnica é bem simples e poderá ser encontrada passo a passo na internet. Ao término, os alunos poderão ser incentivados a presentear um de seus familiares ou, ainda, a cesta poderá servir para acomodar deliciosas frutas que serão partilhadas com os amigos.

LENDAS INSPIRADORAS

Esta atividade poderá ser aplicada para todos os segmentos, adaptando a linguagem à faixa etária. Muitas tribos indígenas ainda não possuem registros escritos de suas lendas e mitos, que difundem a cultura desse povo ao longo dos anos. Como são contadas de geração em geração, certamente essas histórias se transformaram com o tempo. Lembra da brincadeira do telefone sem fio? Então, é algo parecido: sempre há quem mude um pouquinho a história, que termina bem diferente da original. Ainda assim, a partir dessas lendas podemos imaginar como viviam os índios há cerca de 4 mil anos.


São formas inteligentes e inspiradoras de tratar de um tema tão importante para nossa sociedade.


quarta-feira, 3 de abril de 2019

Análise das postagens do blog - novas reflexões

No dia 20 de maio de 2017 postei algumas reflexões sobre o trabalho de análise das postagens dos blogs. O trabalho consistia em analisar as postagens do nosso próprio blog e de uma colega, sendo que a colega também realizava a mesma tarefa para depois compararmos. As análises foram feitas de acordo com Boff (2016) e Alarcão (1996).
A tarefa da Interdisciplina Seminário Integrador VIII foi refazermos as postagens dos dois primeiros anos de PEAD e agora, no Seminário Integrador IX, devemos fazer o mesmo com as postagens dos anos de 2017 e 2018. Não serão usadas categorias de análise, devemos fazer novas reflexões sobre aquelas postagens que achamos que o assunto abordado poderia ser mais explorado. 
Me chamou atenção que, para realizar esta tarefa no semestre passado, ao reler as postagens dos anos de 2015 e 2016, não encontrei dificuldade em refazer várias delas, pois originalmente eram bastante sucintas e vários assuntos puderam ser abordados de forma mais interessante. 
O que notei agora, ao reler as postagens de 2017 e 2018, é que as postagens estão bem mais elaboradas e as novas reflexões estão me exigindo um grau ainda maior de complexidade. Isso evidencia o quanto amadurecemos no decorrer do curso e que nossa caminhada acadêmica está valendo a pena. Fiquei feliz!

Para acessar a postagem original:

https://keniaswerner.blogspot.com/2017/05/blog-post.html - 20 de maio de 2017.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Projetos de Aprendizagem e aprendizagem amorosa - Novas reflexões


No dia 8 de abril de 2017 postei o relato de uma experiência com Projetos de Aprendizagem realizado com alunos de uma turma de quinto ano. Nele citei a importância da "aprendizagem amorosa". Pensar em aprendizagem amorosa nos leva a pensar na importância do "vínculo" com o aluno. Quando se é professora das séries finais, especialmente de disciplinas de pouca carga horária, como é o caso de Artes, esse vínculo fica difícil de ser estabelecido. Temos muitos alunos e os vemos somente uma vez por semana. Não significa que não possamos oferecer a eles uma aprendizagem amorosa, mas penso que ela não transborda em todas suas facetas.
No meu estágio pude sentir de perto o que significa o vínculo entre professor e aluno. O significado de, amorosamente, ensinar e aprender.
Estabelecemos uma relação de confiança. O contato diário, o interesse deles em aprender, foram me fascinando e consequentemente mudando meu jeito de ver e sentir a educação.
O se colocar no lugar do outro, a confiança, o carinho, são elementos que alavancam a aprendizagem de forma a torná-la prazerosa e significativa.
Infelizmente troquei de escola e não os vejo mais, mas ficarão no meu coração.

Para acessar a postagem original:

https://keniaswerner.blogspot.com/2017/04/projetos-de-aprendizagem-e-aprendizagem.html - postagem feita no dia 8 de abril de 2017.

sábado, 23 de março de 2019

Iniciando o último semestre

Então... agora somos "formandas"!!! O que parecia tão, tão distante, chegou! Iniciamos o nono semestre do curso de Pedagogia à Distância da UFRGS. Atenção voltada para o TCC e para a formatura. Entre problemas de pesquisa, argumentos e conclusões, escolhemos camisetas, fotos, datas de prova de toga... Hora de focar na conclusão de uma caminhada de quatro anos e meio de muito esforço e dedicação com muitas aprendizagens!