quinta-feira, 9 de maio de 2019

Inovações pedagógicas... novas reflexões

No dia 21 de abril de 2018 fiz uma postagem que considero uma das mais interessantes de todo o portfólio: transcrevi uma notícia do Jornal Correio do Povo de 1958 que descrevia o que era necessário para alguém ser professor primário. Na época, tratava-se de um concurso para professor, hoje, trata-se de um testemunho da história da educação.

Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2018/04/o-jornal-correio-do-povo-de-12-de-maio.html


Em seguida a descrição da notícia, fiz uma reflexão embasada no texto Inovações pedagógicas e a reconfiguração dos saberes no ensinar e no aprender na universidade, de Maria Isabel da Cunha (2004), estudado na Interdisciplina Educação e tecnologias da comunicação e informação

Neste texto, a autora traz os seguintes questionamentos:

Em que medida consigo atender as expectativas de meus alunos?
Como compatibilizá-las com as exigências institucionais?
Como motivar meus alunos para as aprendizagens que extrapolam o utilitarismo pragmático que está em seus imaginários?
Como trabalhar com turmas heterogenias e respeitar as diferenças?
Que alternativas há para compatibilizar as novas tecnologias com a reflexão ética?
De que maneira alio ensino e pesquisa?
Que competências preciso ter para interpretar os fatos cotidianos e articulá-los com meu conteúdo?
Como enfrento o desafio da interdisciplinaridade?
Continuo preocupado com o cumprimento do programa de ensino mesmo que os alunos não demonstrem interesse/prontidão para o mesmo?
Como, em contrapartida, garanto conhecimentos que lhes permitam percorrer a trajetória prevista pelo currículo?
Tem sentido colocar energias em novas alternativas de ensinar e aprender?
Como fugir de avaliações prescritivas e classificatórias e, ao mesmo tempo, manter o rigor no meu trabalho?
Como posso contribuir para propostas curriculares inovadoras?

Estes questionamentos vem a calhar para minha atual prática. Pela primeira vez, estou atuando como professora de teclado em uma escola do município de Porto Alegre. São aulas em grupos de oito pessoas. Isso tudo é uma novidade para mim, pois, além de ter atuado pouco como professora de teclado (minha formação é em piano) nunca havia trabalhado com grupos, somente com aulas individuais.

Embora eu esteja adorando o que estou fazendo, está sendo um desafio. Diariamente me faço as perguntas propostas por Cunha no texto citado acima. É algo completamente novo, me obrigou a rever, a revisitar, a repensar muitos conceitos da educação musical e da educação como um todo. Aos poucos vou conhecendo os alunos, sabendo de seus interesses, selecionando partituras, ensinando teorias, técnicas... um mundo muito diferente da sala de aula regular.

Essa atividade me desestruturou me obrigando a reconstruir minha forma de ensinar de um outro jeito. Tive que ter um outro olhar sobre minha prática para poder abarcar o grupo de alunos.

Mas o fato é que estou encantada! Nunca minhas aulas foram tão musicais como agora. Estou muito feliz!





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