terça-feira, 23 de abril de 2019

Um dia de índio... no melhor dos sentidos... novas relfexões

No dia 23 de setembro de 2017, em função de estarmos cursando a Interdisciplina Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, relatei um passeio que fiz com meus alunos em uma aldeia Guarani no ano de 2014.

Link para postagem:

https://keniaswerner.blogspot.com/2017/09/para-interdisciplina-questoes-etnico.html

Foi uma experiência maravilhosa com muitas aprendizagens.

Lembre desta postagem porque conheci um e book chamado "Repensando os estereótipos: Dia do Índio". Nele encontramos várias sugestões para trabalharmos o Dia do Índio de uma forma crítica, aprofundada, inteligente.

Alguns exemplos:



A PRÁTICA DO MOTIRÕ

Respeitando as diversidades regionais, sugerimos trabalhar a prática do Motirõ que, na língua Tupi Guarani, significa a “reunião de pessoas que ajudam uns aos outros na colheita e/ou construção de algo para a tribo”. Essa prática é aplicada em grande parte das tribos brasileiras e tem muito a nos ensinar sobre cooperação, a competência que permeará todo esse projeto.


HONRANDO AS NOSSAS BASES

Culinária indígena (Educação Infantil) Organize uma atividade de culinária com as comidas típicas indígenas na qual todos os alunos irão cooperar, por exemplo: lavando os alimentos, colocando-os em recipientes, organizando o ambiente etc. Deverá ser mostrado aos alunos que a nossa história teve contribuições dos povos indígenas e que hoje temos muitos hábitos e costumes que aprendemos com eles.

OS JOGOS INDÍGENAS 

Os alunos deverão pesquisar sobre os principais jogos coletivos indígenas, suas origens e regras. Em seguida, deverão praticá-los nas aulas de movimento e Educação Física. A proposta é fazer com que reflitam sobre a importância de colaborar com o grupo na prática dos jogos e brincadeiras. Alguns desses jogos são: Akô (duas equipes correm em círculos, revezando em quatro atletas, usando uma varinha de bambu, espécie de bastão que vai passando de mão em mão), Katukaywa (espécie de futebol jogado com o joelho), Xikunahity (esporte também conhecido como futebol de cabeça. Em lugar do chute, a bola é empurrada com a cabeça dos participantes), entre outros que poderão ser pesquisados e propostos para as turmas.

TANTAS PALAVRAS: DESCOBRINDO A HISTÓRIA

Em grupos, os alunos pesquisarão palavras indígenas que utilizamos em nosso cotidiano, suas origens e seus significados. A ideia é fazer com que, por meio dessa pesquisa, eles possam conhecer um pouco mais da história da cultura indígena e sua influência na nossa cultura.

CESTOS E TRANÇADOS

Muitas tribos indígenas ainda trabalham com a técnica da tecelagem de cestos e trançados. Baseado nisso, proponha aos alunos a confecção de uma cesta que, além de bonita, servirá para trabalhar suas habilidades motoras e estimular a reciclagem de papel. Eles terão que colocar a mão na massa, ou melhor, nas fibras ou nos canudos feitos com folhas de revistas velhas ou jornais. A técnica é bem simples e poderá ser encontrada passo a passo na internet. Ao término, os alunos poderão ser incentivados a presentear um de seus familiares ou, ainda, a cesta poderá servir para acomodar deliciosas frutas que serão partilhadas com os amigos.

LENDAS INSPIRADORAS

Esta atividade poderá ser aplicada para todos os segmentos, adaptando a linguagem à faixa etária. Muitas tribos indígenas ainda não possuem registros escritos de suas lendas e mitos, que difundem a cultura desse povo ao longo dos anos. Como são contadas de geração em geração, certamente essas histórias se transformaram com o tempo. Lembra da brincadeira do telefone sem fio? Então, é algo parecido: sempre há quem mude um pouquinho a história, que termina bem diferente da original. Ainda assim, a partir dessas lendas podemos imaginar como viviam os índios há cerca de 4 mil anos.


São formas inteligentes e inspiradoras de tratar de um tema tão importante para nossa sociedade.


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