terça-feira, 24 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
Manifesto dos Educadores Musicais Brasileiros do século XXI
Estamos voltando...
Depois de 30 anos fora
da escola...
Mas voltamos
engatinhando!!!
Não temos
instrumentos...
Não temos salas
adequadas...
Não temos a compreensão
dos colegas... nem da direção...
A compreensão musical
faz parte da formação do ser humano...
Não é menos importante
do que matemática ou português...
A música nos ajuda a
desenvolvermos nossas várias capacidades...
Precisamos fazer “barulho”... encher a escola
de sons...
Queremos cantar, tocar,
bater, dedilhar, raspar, chacoalhar...
Música é nossa vida!!!
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Adote um escritor - E.M.E.F. Judith Macedo de Araújo
No projeto Adote um Escritor, promovido pela
Secretaria de Educação de Porto Alegre), realizado na E.M.E.F. Judith Macedo de
Araújo recebemos a visita do autor Cássio Pantaleoni. Entre os vários títulos de
sua coleção, há apenas um deles que se enquadra na literatura infantil.
Trata-se do livro “A corda que acorda”. Conta a história de uma menina que
encontra um piano e começa a tocá-lo. A magia da música faz com que todos os
objetos presentes na sala onde se encontra o piano passem a ter vida e comecem a
dançar. Sejam eles bonecos, como palhaço, bailarina, peixe, girafa, como
objetos, tais como xícaras, vasos, guarda-chuva. Em forma de poema, o autor vai
desenvolvendo a história como um momento mágico instituído pela música e pela
imaginação da menina que está a tocar o piano. No final da história a menina
abandona o piano e tudo volta a ser silencioso e estático como antes. Escolhi
esse livro para trabalhar, mesmo sendo meus alunos da faixa etária entre 15 e
50 anos. Primeiro, pela Escola possuir um piano, devido ao projeto Piano Livre,
e também, obviamente, por me dar oportunidade de falar sobre o piano, sua
história, seu mecanismo, seus sons. Mas o objetivo final foi poder refletir com
meus alunos a magia da música, ou da Arte como um todo, bem como a magia da
infância, ou a pureza da criança, única capaz de fazer com que os objetos
tornem-se dançantes. Conceito construído a partir do pressuposto de que a
criança é um ser inocente, livre de preocupações, vivendo a melhor fase de sua
vida. Mas, serão todas as infâncias assim? Essa constatação dos alunos me
remeteu ao texto “Retratos de uma infância contemporânea: os bebês nos artefatos
visuais”, de Borges e Cunha (2015), trabalhados na interdisciplina Infâncias.
Nesse texto as autoras falam da “infância soft”, uma infância retratada (nos
rótulos dos produtos infantis) com bebês sempre fofinhos, saudáveis, longe de
qualquer preocupação, bem alimentados, amados. Sim, são esses bebês que vendem
os produtos, mas é preciso pensar em outras infâncias, naquelas infâncias que
não são tão bem cuidadas, que não tem a alimentação necessária, que conhecem a
violência, o medo. Elas estão excluídas do espaço infância vendido pela mídia,
mas é preciso pensar nelas e como protegê-las também. E é preciso questionar:
elas têm essa “pureza” retratada nesses bebês? O que é possível fazer para fazer
dessas infâncias uma espaço de sonhos, de brincadeiras, de inocência, tão
pretendido pela nossa cultura?
Enfim... o livro é ótimo, podemos fazer muitas reflexões
a partir dele e tivemos uma ótima conversa com o autor.
A seguir a foto da instalação que fizemos para
esperar nosso autor Cássio Pantaleoni!
domingo, 1 de novembro de 2015
Educação Musical no Brasil
Achei um artigo muito interessante sobre a história da Educação no Brasil. Ele resume bem os "altos" e "baixos" da nossa caminhada ao longo dos últimos 500 anos...
http://www.webartigos.com/artigos/marcos-historico-da-educacao-musical-no-brasil/118434/
http://www.webartigos.com/artigos/marcos-historico-da-educacao-musical-no-brasil/118434/
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Psicanálise e educação
Na intenção de me aprofundar no assunto, achei um texto da psicanalista Maria Regina Maciel. Já no início fui provocada pela seguinte passagem:
“Nesse novo contexto, é fundamental refletir
sobre que subjetividade e que tipo de cidadania queremos ter como alvo e
finalidade nas práticas educacionais contemporâneas. Uma questão central na
atualidade é pensar sobre o que significa educar e psicanalisar hoje, diante da
crise de fundamentos nos saberes que norteavam nossas práticas, até então, de
forma inconteste.”
disponível
em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832005000200009&lng=pt
Sem a
pretensão de desenvolver nesse momento uma análise, gostaria apenas de deixar a
provocação para futuramente desenvolver a ideia relacionando com tudo que estamos lendo e discutindo no curso.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Alfabeto de instrumentos musicais
E por falar em alfabetização, hoje vou mostrar algumas fotos do alfabeto de instrumentos musicais que tenho em minha sala...
domingo, 18 de outubro de 2015
Uma possível pesquisa sobre alfabetização
Esta
semana realizei leituras sobre a teoria de Emilia Ferreira, educadora argentina
que revolucionou a alfabetização em vários países, incluindo o Brasil. Emilia
Ferreira deslocou o foco do “como se ensina” para o “como a criança aprende”.
Percebeu a importância de considerarmos os
outros espaços que a criança aprende, que a criança não chega na escola sem
nada saber sobre a escrita. Enfim, essa teoria é bem mais complexa que essas
poucas linhas, mas essa leitura instigou minha curiosidade sobre a relação
dessa teoria com as teorias de aprendizagem musical. Fica a dica (para mim
mesma) me aprofundar nesse assunto nas próximas semanas.
domingo, 11 de outubro de 2015
Mecanismos de defesa
Na semana
passada, na interdisciplina de psicologia, estudamos os mecanismos de defesa do
EGO. Resolvi anotar algumas atitudes dos meus alunos (e minhas também) e
identificar os mecanismos usados como defesa:
Dois alunos estavam se chutando no corredor da
escola. Quando chamei atenção e mandei-os parar, um deles me deu uma explicação
de que não estavam fazendo nada de mais, era “arreganho”, ou seja, o jeito
deles brincarem.
Racionalização: é o processo de achar motivos
lógicos e racionais aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis. É o
processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é logicamente
consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, ideia ou sentimento
que causa angústia.
Vi um aluno atirar um papel amassado no chão. Pedi
que juntasse e colocasse no lixo. Ele respondeu: não fui eu, foi o Marcos!!!
Projeção:
o ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades,
sentimentos ou intenções que se originam em si próprio. É um mecanismo de
defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são
deslocados de dentro deste para o meio externo.
Essa
aconteceu comigo. Um dia dessa semana me incomodei muito com uma turma que não
parou de bagunçar na aula. Quando cheguei em casa, minha filha me perguntou
algo e fui extremamente estúpida com ela.
Deslocamento:
esse mecanismo não tem qualquer compromisso com a lógica. É o caso de
alguém que tendo tido uma experiência desagradável com um policial, e desloque
para a esposa.
Em
uma das turmas que dou aula, há uma menina que é ótima aluna, dedicada, ótimo
comportamento, uma aluna exemplar, exceto nos dias em que uma de suas colegas,
que aparece eventualmente nas aulas, está presente. A menina se transforma e
passa a agir como sua colega “turista” que é muito agitada e não cumpre a
maioria das regras da sala de aula.
A
identificação: é o processo
psíquico por meio do qual um indivíduo assimila um aspecto, um característica
de outro, e se transforma, total ou parcialmente, apresentando-se conforme o
modelo desse outro. A personalidade constitui-se e diferencia-se por uma série
de identificações.
Gostei muito de
ter feito esse exercício. Vejo que passei a compreender melhor as atitudes do
dia a dia.
sábado, 3 de outubro de 2015
Palavras que representam o PEAD...construídas pelo grupo...
Estas palavras surgiram em um dos encontros presenciais do PEAD. Eu não estava presente, mas lendo-as, vejo que expressam fielmente meu sentimento em relação ao curso. Estamos todas no mesmo barco e navegaremos até chegarmos ao nosso destino. Muito feliz por fazer parte desse grupo.

domingo, 27 de setembro de 2015
Uma brincadeira com copos e os conhecimentos acionados
Essa semana na Interdisciplina de Alfabetização trabalhamos sobre quatro tipos de conhecimento que usamos em várias situações de aprendizagem:Social, Motor, Físico e Lógico. Apresento aqui um vídeo de uma atividade musical feita com copos que fiz com uma turma de 6º ano. Para se brincar, é preciso ativar esses quatro conhecimentos.
https://www.youtube.com/watch?v=upDJiMmXAEY
Essa foi a primeira vez que realizamos essa atividade. Na medida em que realizarmos outras vezes, pretendo postar outros vídeos dos mesmos alunos para observarmos a evolução da turma.
https://www.youtube.com/watch?v=upDJiMmXAEY
Essa foi a primeira vez que realizamos essa atividade. Na medida em que realizarmos outras vezes, pretendo postar outros vídeos dos mesmos alunos para observarmos a evolução da turma.
domingo, 20 de setembro de 2015
Como me alfabetizei
A tarefa dessa semana da interdisciplina Alfabetização foi relembrar como fomos alfabetizadas. Foi muito bom relembrar esse processo. Desta forma nos colocamos no lugar de nossos alunos e passamos a entende-los melhor!!!
A minha alfabetização foi assim:
Quando eu tinha 5 anos morava em uma chácara a 4 km da
cidade. Havia, na estrada que passava nos fundos da minha casa, uma “escolinha”
de madeira que, imagino, atendia somente aos anos iniciais. As professoras
dessa escola desciam do ônibus na frente da minha casa e passavam por uma
estradinha que ficava no meu pátio para chegar até a escola. Como eu estava
sempre por ali brincando, um dia pedi para ir junto. A professora, que conhecia
minha mãe, deixou. Passei a frequentar a primeira série todos os dias. Não
lembro exatamente o que fazíamos lá... só lembro que no final do ano a
professora disse à minha mãe que eu havia passado de anos mas que era muito
nova para frequentar a segunda série. No ano seguinte fui matriculada numa
escola grande da cidade, na primeira série. A professora ensinava letrinha por
letrinha... e lembro que estava achando muito chato aquilo tudo, pois já as
conhecia. Lembro que nesse ano aprendemos apenas a escrever com letras bastão e
na segunda série aprenderíamos a “escrever emendado”, ideia que me deixou muito
feliz. Embora não lembre de detalhes, minha alfabetização aconteceu brincando,
quando eu ia para a “escolinha” brincar de ir na aula.
sábado, 12 de setembro de 2015
Memórias...como tudo começou...
A tarefa da interdisciplina “Escolarização, espaço e tempo
na perspectiva histórica” dessa semana é a produção de um vídeo em que devemos
contar como nos tornamos professoras. É muito rico pararmos para lembrar nossa própria história. São lembranças
distantes que as vezes se perdem... Acho que lembrar de como tudo começou, do
que fez nos tornarmos professoras, nos leva a avaliar nossa trajetória e pensar
o quanto vale a pena, o quanto é
gratificante os desafios que enfrentamos diariamente.
Eis ai meu vídeo...
https://www.youtube.com/watch?v=xwhbaZPQK5g&feature=youtu.be
sábado, 5 de setembro de 2015
Sobre as aprendizagens na apresentação do Workshop
Ainda sobre o assunto das semanas anteriores, a postagem de
hoje será sobre as aprendizagens na apresentação do trabalho no Workshop da
interdisciplina “Seminário Integrador I” cursada no semestre passado, 2015/1.
A hora de apresentar o que construímos, o que escrevemos, é
sempre um momento tenso. Nos sentimos inseguras, nervosas, estamos nos expondo
ao vivo, “colocando a cara a tapa”. As apresentações foram feitas para pequenos
grupos. Cerca de doze alunas, um professor e uma tutora estavam presentes no
grupo que apresentei. É o momento de colocarmos em palavras o que escrevemos.
Isso exige organização e concentração para que todos entendam o que estamos
querendo dizer. Isso por si só é um enorme aprendizado. Sintetizar (tínhamos
quinze minutos para apresentarmos) de forma clara é um desafio. Mas não posso
deixar de mencionar a riqueza da troca que tivemos ao ouvir as colegas. É o
momento de conhecermos suas realidades,
a sua maneira de expor suas ideias e, melhor ainda, podermos fazer perguntas a
quem estava apresentando. Com isso damos oportunidade da colega questionada de
aprofundar mais sua análise e nos inteirarmos ainda mais de diversas realidades.
Foi realmente uma experiência enriquecedora!!!
![]() |
Fotinho da apresentação tirada pela colega Leda!!!
|
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Escrita do texto para Workshop
Continuando o assunto da semana passada, a postagem de hoje
será sobre as aprendizagens durante o processo de elaboração do texto da
Síntese Reflexiva para o Workshop da interdisciplina “Seminário Integrador I”
cursada no semestre passado, 2015/1.
O processo de escrita do texto foi uma etapa diferente da
primeira. O “esquema” estava pronto. O que seria desenvolvido já estava
definido, as ideias de certa forma já organizadas e foi o momento de colocá-las
no papel. Também não foi fácil. O processo de escrita necessita de uma
organização diferente do pensamento. Foram várias escritas e reescritas. Idas e
vindas até que consegui expor minhas ideias de forma clara. É o momento que
testamos o que pensamos na etapa anterior e vemos que, às vezes, modificações
são necessárias. Escrever sempre é um aprendizado enorme. Sempre que
expressamos nossos pensamentos através da escrita, estamos organizando-os para
os outros e para nós mesmos. Escrever deve ser um hábito constante em nossa
vida acadêmica.
domingo, 23 de agosto de 2015
Preparação e organização do Workshop
A postagem de hoje será sobre as aprendizagens durante o
processo de preparação e organização do Workshop da interdisciplina “Seminário
Integrador I” cursada no semestre passado, 2015/1.
O processo de preparação e organização do Workshop foi de
certa forma angustiante. Foram muitos dias pensando sobre o que fazer, como
fazer e quando fazer. Muitas ideias surgiram. Foi preciso voltar aos textos das
interdisciplinas, estabelecer relações entre eles e selecionar o que seria privilegiado
no trabalho. Ao mesmo tempo foi preciso pensar na forma de colocar essa seleção
para que o texto ficasse fluido e com sentido. Acho essa etapa de preparação a
mais difícil e mais importante de todo o processo. É o momento de definições,
de organização, de colocar as ideias em ordem. O aprendizado consiste
exatamente nesse fazer, ou seja, selecionar
e organizar.
sábado, 25 de julho de 2015
Um olhar sobre o primeiro semestre do PEAD
Na medida em que consigo ter um distanciamento e tento pensar
no curso como um todo, percebo que as interdisciplinas se entrelaçam como uma
teia em que muitas vezes eu já não sabia mais se estava pensando na elaboração
das reflexões de uma interdisciplina ou de outra. As reflexões se completavam,
adentravam o território uma das outras. O pensamento complexo, exposto por
Moran, busca exatamente isso, que consigamos ver as relações existentes entre
as diferentes áreas de conhecimento, mostrando que nada é isolado, que não
acontecem coisas por si só, nem por causa e consequências diretas, mas sim por
uma complexa rede de acontecimentos, fatos, reflexões e ações de diversos
indivíduos. Ou podemos ainda citar os rizomas de Deleuze, com suas energias,
seus territórios, seus pontos de fuga, suas desterritorializações... E penso
que a grande lição que fica desse semestre para nós acadêmicas, seja justamente
isso, a riqueza de perceber que fazemos parte de uma grande contexto e
precisamos aprender a relacionar e refletir sobre todos os pontos envolvidos,
vendo suas ligações, para, talvez, interferir e contribuir para mudanças e
melhoramentos na educação, na vida, na perspectiva de nossos alunos e, por que
não, das nossas também.
quinta-feira, 23 de julho de 2015
Reflexões a partir de alguns filmes assistidos durante o primeiro semestre do PEAD
Vale a pena incluir as reflexões que fiz a partir de filmes
sugeridos em algumas interdisciplinas. O filme Entre os muros da escola (2008) relata o cotidiano de uma escola
francesa com seus problemas, suas dificuldades, o desconforto dos professores e
alunos em lidar com a realidade ao seu redor. A cada momento do filme pude me
identificar. Assisti-lo foi como ver meus dias na escola se passarem na tela da
TV. A relação com os alunos, a sala dos professores, as reuniões pedagógicas,
as entregas de avaliações, a difícil decisão de como punir quem desobedece às
regras. Qualquer cena desse filme pode render uma reflexão na qual poderíamos
nos aprofundar e repensar muitos pontos de nossa prática. Gostaria de destacar
a cena em que um dos professores chega à sala dos professores e desabafa com
uma fala de “basta”, que iria deixar a escola por não aguentar mais o
desrespeito aos professores. Cena que nos faz pensar no mal estar que estamos
vivendo ao perceber a incrível realidade de que a escola não acompanhou as
mudanças da sociedade. Segundo Missio e Cunha (s/d, p. 6) “a escola se mantém
de maneira tenaz, impondo certos modos de conduta, de pensamento e de relações
próprias, independente das mudanças que ocorrem na sociedade” fazendo com que
os alunos se desinteressem e nós, professores, nos sintamos quase inúteis.
Passamos a nos perguntar constantemente sobre a função do professor e
fundamentalmente, como exercer essa função?
Diante das implicações, dos
desafios e conflitos que permeiam a função docente, e perante a complexidade da
educação no contexto da sociedade contemporânea, globalizada,
multiculturalista, imersa numa realidade complexa, requer do professor ações e
conhecimento polivalente (PRADO et all, s/d, p.4).
Esse conhecimento polivalente de que Prado nos fala implica
em uma constante reavaliação de nossa prática docente, em procurar por
formações nas mais diversas áreas do conhecimento, em ser mediador de
conhecimentos aos nossos alunos que vão muito além do currículo oficial, do
conhecimento técnico que nos levou ao cargo que hoje ocupamos. Essa reflexão
vem ao encontro da minha atual situação ao cursar o PEAD. Vim à procura de
conhecimentos que não fizeram parte da minha área de formação e que senti serem
necessários para minha prática, como expliquei anteriormente. Senti necessidade
de conhecer outras teorias sobre educação, estudos sobre as práticas de outros
professores, algo que me provocasse reflexões de modo que eu ampliasse meus
horizontes a fim de melhorar minha própria prática. E, ainda bem, minhas
expectativas estão sendo superadas!
Minhas reflexões, a partir do filme Gênio Indomável (1997),
foram as seguintes: a relação entre o garoto “gênio” e o psicanalista, que no
nosso caso representa a relação aluno professor, demonstra o quanto a conquista
da confiança entre duas pessoas pode transformar, não só o paciente, o aluno,
mas também o psicanalista, o professor. A relação de afeto, o deixar-se afetar,
relação já conhecida na antropologia, quando um etnógrafo faz uma pesquisa de
campo e deve deixar-se afetar pela cultura que pesquisa, tem o poder
transformador. Transforma o olhar daquele que aprende e daquele que ensina. E
então acontece o aprendizado, de ambas as partes, com prazer, com satisfação,
com transformação.
Trata-se de formarmos vínculos com os alunos. Não enxergá-los
como sujeitos distantes, depositários de conhecimento, mas sim como sujeitos
com uma história repleta de valores.
No caso do educador, para
alcançar esse êxito, não é possível apenas irradiar seu conhecimento. O que
está em jogo é o agenciamento de envolvimento na interação, de tal forma que,
com cuidado, possamos estar ativando afetos, desejos, conhecimentos devires nos
nossos sujeitos interlocutores (BAPTISTA, s/d, p. 4).
Às vezes, aulas sem
que nada do currículo oficial seja falado, mas sim relativos a assuntos que
estão latentes em determinados momentos serão muito mais significativas que a
exposição de conteúdos formais. Pode estabelecer um vínculo que fará com que o
aluno consiga estabelecer relações que não faria sem essa conversa que podemos
chamar de “informal”.
Precisamos nos abrir para novas formas de nos relacionarmos
com nossos alunos, respeitar suas necessidades, considerar seus gestos, suas
curiosidades, nos desprender do currículo oficial.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Um pouquinho mais do Retrato da Escola...
Um pouquinho mais do Retrato da Escola...
Depois de "ouvirmos" a escola, é chegado o momento de "vermos" um pouquinho desses espaços que produzem esses sons.
Assim é a E.M.E.F. Nossa Senhora do Carmo:
Localizada na 5ª Unidade do Bairro Restinga em Porto Alegre - RS

A sala dos professores...

A horta...

O refeitório...

A biblioteca...

As aulas de música...
domingo, 12 de abril de 2015
Retratos da escola
Nossa primeira atividade a ser feita no Curso de Pedagogia
foi o Retrato da Escola, visto que todas as alunas e alunos atuam em escolas
públicas (esse era um dos requisitos para o ingresso no curso). A proposta era
de que apresentássemos nossas escolas mostrando os aspectos julgados por nós
mais importante. A apresentação deveria mostrar aspectos pedagógicos
trabalhados na escola, aspectos sociais, estruturais, etc.
Iniciei minha reflexão pensando no valor que se dá ao visual,
nos esquecendo dos aspectos sonoros do dia-a-dia. Nosso primeiro ímpeto seria
mostrar muitas fotos, fazer um filme de alguma atividade feita com os alunos.
Pensei então em não mostrar nenhuma imagem da escola e sim seus sons. Meu
objetivo foi de que as pessoas que assistissem meu “filme” não focassem em
imagens e sim nos sons. Sendo assim, escrevi no quadro o nome de alguns espaços
da escola (sala dos professores, biblioteca, refeitório, aula de música, entre
outros) e gravei os sons desses lugares. Ficou assim:
Espero com esse trabalho chamar atenção para o quanto se
deixou a escuta em detrimento da visão. Hoje não percebemos mais os sons que
nos rodeiam, somos uma sociedade visual, estamos perdendo nossa capacidade de
audição. Acho que vale a pena retomarmos a valorização da escuta com nossos
alunos.
Boas referências para refletirmos sobre esse assunto são os
livros do educador musical canadense Murray Schafer. “A afinação do mundo” e “O
ouvido pensante” são exemplos de obras desse autor, entre outras em que se
refere a uma “ecologia sonora”.
segunda-feira, 30 de março de 2015
Apresentação
Sou professora de Música da Rede Municipal de Porto Alegre. Trabalho na E.M.E.F. Nossa Senhora do Carmo na Restinga com alunos do Terceiro Ciclo. Também atuo num projeto de Canto Coral com alunos do Primeiro e Segundo Ciclos na mesma escola.
Esse blog será um espaço de reflexões sobre as relações entre as aprendizagens no Curso de Pedagogia a Distância e minha prática na escola.
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