sábado, 24 de junho de 2017

Fio condutor


A cada semestre do PEAD, faço uma reflexão a fim de entender o fio condutor do semestre, ou seja, a ideia, a proposição, aquilo que perpassa todas as interdisciplinas, dando a percepção de que elas se completam e quase não poderiam existir sem as outras.
Este semestre, como já manifestei aqui em uma postagem anterior, tive a preocupação de não encontrar esse fio condutor, devido a diversidade de temas das interdisciplinas. Mas agora, já chegando a reta final do semestre, consigo perceber o que liga uma a outra, o que completa, invade, atropela, modifica, renova, areja, inibe, expõe, protege... como se fossem uma teia, um rizoma.
Em busca de palavras que tenham servido de mote às interdisciplinas, encontrei:

                                      DEMOCRACIA, ACOLHIMENTO e GESTÃO

Mas só percebi a partir das duas interdisciplinas que iniciaram na segunda metade do semestre: Organização do Ensino Fundamental e Organização e Gestão da Educação. Nestas duas interdisciplinas o conceito de gestão democrática permeia todos os momentos de reflexão. Foi somente depois disso que percebi o quanto esse conceito, embora oculto, esteve presente na interdisciplina Projeto Pedagógico em Ação, afinal, através dos projetos, estamos tornando nossas aulas democráticas, permitindo a participação direta dos alunos nas decisões em sala de aula. E a Psicologia da Vida Adulta, outra interdisciplina do semestre, vem “abraçar” as outras para que essa gestão democrática seja feita com tato, com acolhida, com carinho e com percepção.

O Seminário Integrador, como sempre, dá o espaço necessário para que reflexões como esta sejam possíveis.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Projeto Político Pedagógico



Como afirmei na postagem anterior, farei algumas reflexões sobre o vídeo em que Ilma Passos Alencastro Veiga, Pós Doutora em Educação, fala sobre a construção do PPP, o Projeto Político Pedagógico das escolas.
Essa autora coloca quatro objetivos do PPP:
- Gerar a identidade da escola. É onde a escola mostra sua cara, com suas peculiaridades, especificidades próprias de cada uma. Por esse motivo o PPP é um documento único, que pode ter algumas orientações gerais, mas cada escola vai construir o seu, colocando detalhadamente as situações próprias da sua comunidade.
- Inovação. O PPP precisa orientar a escola para gerar um novo tipo de ensino. O aluno como produtor do conhecimento, não como receptor.
- Papel politizador. O PPP deve desvelar os conflitos e contradições que permeiam a realidade da escola.
- Papel avaliativo. A escola precisa desenvolver a capacidade de se auto avaliar. Quem avalia as escolas de fora só consideram o produto, sem levar em conta as dificuldades do processo.

Trago esse assunto para minhas reflexões por minha escola estar em processo de construção do PPP. Estamos sentindo o quanto é difícil essa construção de maneira democrática. Quanto as dificuldades do dia a dia, como falta de tempo, dificuldade em nos encontrarmos, em delegar os temas... é difícil.
Percebo o quanto é preciso força de vontade, união, envolvimento, comprometimento para iniciar esse processo trabalhoso de construção do PPP.

Sendo assim, abordar esse tema neste semestre do PEAD está sendo de suma importância para minha participação nesse processo. Pretendo levar o material disponibilizado pela interdisciplina Organização e Gestão da Educação, que é bastante rico, para meus colegas. Poderá ser um impulso para começarmos. 

sábado, 10 de junho de 2017

Sentimento de pertencimento...

Na Interdisciplina Organização do Ensino Fundamental assistimos um vídeo da Profª. Dra. Ilma Passos Alencastro Veiga. O assunto foi a construção e importância do Projeto Político Pedagógico das escolas. Foram muitas as informações e todas elas de suma importância. Pretendo abordar alguns itens na próxima semana, pois hoje gostaria de escrever sobre um item comentado pela Professora Ilma: o sentimento de pertencimento.
Quando ouvi essa expressão fiz uma reflexão sobre as relações escolares em todos os seus segmentos, seja entre professores, entre alunos, entre pais, entre funcionários. Como é importante nos sentirmos acolhidos no lugar que passamos grande parte de nossas vidas. Eu, que trabalho 60 horas na mesma escola, passo mais tempo lá do que em minha casa. Um boa razão para eu precisar me sentir acolhida pelos colegas, pela direção, pelos alunos, por todos.
Ao lado disso também refleti sobre o quanto estamos fazendo esse acolhimento para os demais segmentos da nossa comunidade escolar. A começar pelos alunos. Se conseguirmos despertar esse sentimento neles, obteremos maior sucesso no seu rendimento escolar, pois se sentirão mais felizes, estarão bem com eles mesmo. Os benefícios são imensos. Para todos. O pertencimento é a base para que sintam-se cidadãos, ativos, importantes, uma peça indispensável para o todo.
E assim segue para os pais, para os professores, e outros, que precisam desse carinho, dessa sensação de ser uma peça importante para a construção de um mundo melhor.



sábado, 3 de junho de 2017

Administração

Esta semana, na Interdisciplina Organização e gestão da educação, lemos um texto sobre administração escolar (Oliveira, Morais e Dourado (s/d)). O texto apresenta duas linhas teóricas de pensamento: uma que acredita que a administração escolar deve ser feita nos mesmos moldes da administração de uma empresa, e outra que acredita que a administração escolar deve seguir uma linha mais humana, uma vez que lida com formação de cidadãos críticos e não com fabricação de objetos. Além disso a escola, ao contrário da empresa, não objetiva constituir lucro.
O texto me fez lembrar de certa vez que participei de uma disciplina na UFRGS, Faculdade de Educação, como aluna especial (PEC) sobre educação musical. Por essa ocasião conheci o trabalho de um colega de tratava da administração de uma orquestra. Ele relacionava a administração da orquestra com a administração de uma empresa. Na época achei bastante estranho aquela comparação, mas agora, lendo o referido texto, me veio a lembrança deste colega.
Não tenho certeza, mas pelo que lembro, o colega era partidário da ideia de que a orquestra pode ser administrada como uma empresa.
Uma orquestra é formada por pessoas. Essas pessoas executam música. Para executar bem uma música em grupo, o grupo tem que estar afinado. Afinado não só no sentido dos instrumentos, mas precisam estar em sintonia uma com as outras. O maestro é o responsável não só por conduzir a música, mas também precisa ter sensibilidade suficiente para manter o grupo unido, em paz e consequentemente, os músicos ficarem felizes. Assim a música é executada com mais qualidade.
Neste sentido, acredito que a administração de uma orquestra, assim como de uma escola, tem suas especificidades e exige padrões diferentes da administração de uma empresa nos moldes capitalistas.

Referências:

OLIVEIRA J. F.; MORAIS, K. N.; DOURADO, L. F. Organização da Educação Escolar no Brasil na Perspectiva da Gestão Democrática. Disponível em:  https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1224468. Acesso em: 3 jun. 2017.