sábado, 9 de abril de 2016

JOGO DE XADREZ

A tarefa dessa semana para o Seminário Integrador III era fazer uma observação participante e uma não participante de cenas da escola. A observação não participante é feita sem o envolvimento direto do observador. Ele apenas observa de fora da cena e faz sua descrição. Pode conter percepções e análise do observador, ou não. Escolhi para esse observação as atividades do professor do Laboratório de Aprendizagem do Ciclo C, que é meu colega, pois trabalho também no L.A. com o Ciclo B. Ele trabalha, predominantemente, com jogos de xadrez com seus alunos. Sem saber, eu estava construindo uma ponte para aquilo que falaríamos na interdisciplina Ludicidade e Educação: jogos.
Nessa interdisciplina estamos tratando a importância do brincar, do jogo, para o desenvolvimento da criança. Para Bruna Molozzi

situações de jogo possibilitam às crianças o encontro com seus pares, fazendo com que interajam socialmente. No grupo elas descobrem que não são os únicos sujeitos da ação, e que para alcançar seus objetivos precisam levar em conta o fato de que os outros também têm objetivos próprios que querem satisfazer. Ao observar um grupo de crianças jogando, é possível perceber o desenvolvimento de diversas habilidades. (Desenvolvimento do sujeito através do jogo, disponível em: http://nuted.ufrgs.br/oa/JogoEdu/modulo1.html).

Diante dessas colocações de Molozzi, quero fazer algumas reflexões a respeito do jogo de xadrez no desenvolvimento do sujeito.

O jogo de xadrez tem regras que podem parecer um pouco complexas a primeira vista, mas obedece ao imaginário de uma guerra entre dois reinos. Há o rei,a rainha, os bispos, os cavalos, as torres e os peões, simbolizando as classes sociais de uma sociedade. Cada peça tem seu modo próprio de mover-se e o jogador tem que montar estratégias para tentar eliminar (comer) o máximo de peças do adversário. Embora a rainha seja a peça mais "poderosa", pois tem o maior número de possibilidades de mover-se, é somente com a morte do rei que o jogo acaba. O "xeque-mate". Só esses aspectos já rendem uma discussão sobre classes sociais e gênero... mas o jogo vai muito além. O participante precisa desenvolver esquemas de pensamento altamente complexos para armar suas estratégia e prever a estratégia do adversário.

Enfim, a quantidade de conhecimentos acionados e desenvolvidos durante uma partida de xadrez, propicia ao aluno inúmeros benefícios para seu desenvolvimento intelectual. Sem falar no respeito as regras, que incide sobre o desenvolvimento social do aluno.

O Laboratório de aprendizagem tem como objetivo "propiciar interações com os conhecimentos escolares. As situações de aprendizagens que ocorrem no L. A. devem levar em conta o desenvolvimento do pensamento criativo, o resgate do desejo de aprender, bem como a (re) construção de conceitos e estruturas cognitivas que causam entraves no processo de aprendizagem dos sujeitos aprendentes" (PMPA, s/d, p.3).
Nesse sentido, o jogo de xadrez se apresenta como ótima alternativa para atingir esses objetivos!









Um comentário:

  1. Kenia,

    Nesta tua postagem tu apresentas as tuas considerações sobre o jogo de xadrez no desenvolvimento do sujeito. Fazes isso a partir da apresentação de um referencial teórico. Isso é importante: pensar a prática a partir de referenciais teóricos. Continua!
    []'s
    Tutora Jacque

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