Por que não nos ensinaram matemática assim? Essa foi a pergunta de uma colega na última aula presencial da interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática.
Esse semestre foi-nos apresentado tantas outras possibilidades de trabalhar Matemática na sala de aula (e Ciências e História e Geografia também), que não há como não nos perguntarmos exatamente o que a colega indagou...
Tenho certeza que a grande maioria das alunas do PEAD que ali estavam, aprenderam os conteúdos de Ciências, Matemática, História e Geografia da forma tradicional, dentro da sala de aula.
Sou extremamente grata em fazer parte deste curso e ter oportunidade de ampliar minha visão de professora e proporcionar a meus alunos uma forma significativa de aprendizagem.
sábado, 26 de novembro de 2016
sábado, 19 de novembro de 2016
Muro
Hoje optei por transcrever uma tarefa da interdisciplina Representação pela Matemática tal e qual postei. Não farei análises adjacentes e relações com outras interdisciplinas por achar que a atividade que propus teve um ótimo resultado e merece ser postada no blog.
Em uma tarefa da interdisciplina Representação do mundo pela Matemática, tínhamos que adaptar um dos objetos digitais de aprendizagem propostos no site da interdisciplina para o seu uso na sala de aula, escolhi o “muro”. Sugeri que pudesse ser construídos “tijolos” com caixas de fósforos.
Em uma tarefa da interdisciplina Representação do mundo pela Matemática, tínhamos que adaptar um dos objetos digitais de aprendizagem propostos no site da interdisciplina para o seu uso na sala de aula, escolhi o “muro”. Sugeri que pudesse ser construídos “tijolos” com caixas de fósforos.
Ao
ter que aplicar essa atividade com meus alunos, não tive tempo hábil para assim
fazer, pois seria necessário arrecadar as caixas de fósforo e ainda o tempo de
forrá-las ou pintá-las. Resolvi então fazer uma nova adaptação, confeccionando
os “tijolos” com EVA. Confeccionei a base do muro com quatro tijolos e o
restantes ficaram avulsos para que os alunos montassem o muro. Usei apenas
adição, pois a multiplicação aumentaria muito as possibilidades, não havendo,
mais uma vez, tempo hábil para essa construção. O jogo montado ficou assim:
As
bases de cor laranja foram dadas aos alunos e as peças brancas e amarelas
ficaram espalhadas pela mesa.
Eu
estava com um grupo de cinco alunos com idades de 10 a 11 anos. Primeiro
coloquei um exemplo no quadro para que pensassem como foi construído o muro.
Fiz perguntas como “Que relação tem um número com outro?” Um dos alunos logo
percebeu e explicou aos outros, que estavam com mais dificuldade de entender.
Depois
fiz a distribuição do material e propus que fizéssemos uma competição. Quem
terminasse primeiro, ganharia um ponto. Repetimos a atividade várias vezes,
pois os alunos gostaram muito.
A
atividade, mesmo sendo apenas com cálculos de adição, fáceis para essa faixa
etária, é de grande relevância, pois tratam-se de alunos que frequentam o
Laboratório de Aprendizagem, pois apresentam algumas dificuldades no seu
processo de aprendizagem. Em forma de competição, incentivou os alunos a
fazerem os cálculos mentais rapidamente.
Outro
ponto importante foi a forma de apresentar a atividade. Se fosse dado o muro
desenhado em uma folha, certamente não despertaria tanto interesse. O uso de
diferentes materiais torna a aprendizagem mais prazerosa.
sábado, 12 de novembro de 2016
Sobre escolas gaiolas e escolas asas 2
Em agosto publiquei algumas reflexões sobre o texto de Rubens Alves que havíamos lido para a interdisciplina Seminário Integrador. Naquela postagem escrevi sobre o recital de inauguração do piano que nossa escola recebeu. Vale a pena repetir a citação do texto que fiz para embasar minha reflexão:
"Ferramentas" são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. "Brinquedos" são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo o coral da Nona Sinfonia [Beethoven]. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramenta e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramenta e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramenta me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma (ALVES, 2002, p. 32).
Hoje quero apresentar mais uma atividade realizada na minha escola que, segundo Rubens Alves, é "brinquedo", "nos permite voar pelos caminhos da alma". Trata-se do projeto Adote um escritor". Todos os anos, as escolas municipais de Porto Alegre "adotam" um escritor, ou seja, escolhem um escritor e trabalham suas obras com seus alunos e, para finalizar, o escritor vem até a escola e conversa com os alunos sobre seus processo de escrita (é um projeto da Secretaria de Educação).
Este ano, nosso Adote foi um pouco diferente. O autor escolhido foi Fernando Pessoa, e quem veio declamar seus poemas foi o ator Jairo Klein, que se caracteriza como o poeta e declama seus versos.
As turmas que receberam o ator foram da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Entre os muitos poemas trabalhados, escolhemos "Noite de São João" para fazermos o cenário para esperar o autor. Esse poema, de Alberto Caeiro, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, foi musicado por Vitor Ramil. Eis os versos:
Noite de São João para além do muro do meu quintal
Do lado de cá, eu sem noite de São João.
Por que há São João onde o festejam.
Para mim há uma sombra de luz de fogueiras na noite,
Um ruido de gargalhadas, os baques dos saltos.
E um grito casual de quem não sabe que eu existo.
Em conjunto com os alunos, construímos um muro, um céu muito estrelado e um menino a espiar por esse muro. E pelo restante da sala, montamos uma festa de São João. Este cenário ambientou de maneira fascinante a representação do ator. Ele "se transformou" em Fernando Pessoa no palco. Foi se maquiando e explicando aos alunos o processo de ser ator, de preparação, construção do personagem, concentração... E arrasou na sua interpretação!!!!!!!!
foi uma oportunidade única para nossos alunos da EJA assistirem a um espetáculo tão bem feito como esse. Ficamos extremamente agradecidos e felizes por estarmos ali naquele momento especial.
Mais uma vez oportunizamos "brinquedos" a nossos alunos!!!!!!
Como reflexão posterior, estamos analisando aspectos de "intermidialidade", uma vez que o poema foi escrito por Fernando Pessoa, musicado por Vitor Ramil, encenado por Jairo Klein e transformado em Arte Visual por nós da EJA.
domingo, 6 de novembro de 2016
Curiosidade
O que é curiosidade?
Definição do Dicionário Priberam (on line):
1.Tendência para averiguar ou ver
2. Desejo indiscreto de saber
3. Modo de executar trabalhos que não são da própria profissão
4. Gosto por coisas raras
O que é curiosidade, se não o que nos move? Se não tivermos curiosidade, conseguiremos aprender alguma coisa? Não precisamos nos reportar somente as aprendizagens escolares, acadêmicas... A curiosidade é necessária para vivermos. Precisamos nos interessar por algo e querer saber mais sobre ele, saber como se faz.
Há vários tipos de curiosidades. As vezes nos interessamos pelo que as outras pessoas estão fazendo, Assim a curiosidade é apelidada de "fofoca". Mas atualmente esse tipo de curiosidade é facilmente resolvida pelas redes sociais.
Há a curiosidade dos profissionais, que se esforçam para entender o funcionamento de máquinas, para achar soluções de problemas para que as pessoas tenham mais conforto, segurança, etc.
E muitas outras...
Mas... onde nasce essa curiosidade? E onde ela é direcionada para que não vire somente interesse "fofoqueiro" e sim que se torne algo que faça das pessoas seres humanos melhores e "mais humanos"?
Acredito que a resposta seja: família e escola!
E o nosso papel, como professores, deve ser incentivar a curiosidade. Fazer com que nossos alunos se perguntem como se chegou até lá e não simplesmente aceitem as coisas como elas são. Sabendo como são feitas, podemos mudá-las, se não forem boas, ou conservá-las se forem boas.
E a curiosidade das crianças é algo maravilhoso. Aquela fase que chamamos "fase dos porques", que nos tonteia as vezes, é o ponto em que a curiosidade está florescendo. E as vezes, coisas tão óbvias para nós são perguntadas. Achamos engraçado e as vezes nem percebemos a importância delas para as crianças.
Ao propor aos meus alunos (média de idade entre 9 e 11 anos) que formulassem perguntas sobre assuntos que tinham curiosidade, vejamos algumas:
Por que existem barcos?
Por que existem cachorros?
Por que existe vidro?
Por que existe o Laboratório de Aprendizagem?
Por que as pessoas morrem?
Por que temos cores diferentes?
Por que os orientais tem olhos puxados?
De onde veio as histórias de terror?
O que são malfagafinhos?
O que é cilada?
Por que existe cabelo?
Por que temos pintas?
Por que existem grãos?
Por que chove?
Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
Por que o bebê chora?
Cada pergunta dessas rende uma aula enriquecida pela curiosidade de cada um deles.
Que saibamos ouvir a curiosidade de nossos alunos!!!!!!!!!!!!
Definição do Dicionário Priberam (on line):
1.Tendência para averiguar ou ver
2. Desejo indiscreto de saber
3. Modo de executar trabalhos que não são da própria profissão
4. Gosto por coisas raras
O que é curiosidade, se não o que nos move? Se não tivermos curiosidade, conseguiremos aprender alguma coisa? Não precisamos nos reportar somente as aprendizagens escolares, acadêmicas... A curiosidade é necessária para vivermos. Precisamos nos interessar por algo e querer saber mais sobre ele, saber como se faz.
Há vários tipos de curiosidades. As vezes nos interessamos pelo que as outras pessoas estão fazendo, Assim a curiosidade é apelidada de "fofoca". Mas atualmente esse tipo de curiosidade é facilmente resolvida pelas redes sociais.
Há a curiosidade dos profissionais, que se esforçam para entender o funcionamento de máquinas, para achar soluções de problemas para que as pessoas tenham mais conforto, segurança, etc.
E muitas outras...
Mas... onde nasce essa curiosidade? E onde ela é direcionada para que não vire somente interesse "fofoqueiro" e sim que se torne algo que faça das pessoas seres humanos melhores e "mais humanos"?
Acredito que a resposta seja: família e escola!
E o nosso papel, como professores, deve ser incentivar a curiosidade. Fazer com que nossos alunos se perguntem como se chegou até lá e não simplesmente aceitem as coisas como elas são. Sabendo como são feitas, podemos mudá-las, se não forem boas, ou conservá-las se forem boas.
E a curiosidade das crianças é algo maravilhoso. Aquela fase que chamamos "fase dos porques", que nos tonteia as vezes, é o ponto em que a curiosidade está florescendo. E as vezes, coisas tão óbvias para nós são perguntadas. Achamos engraçado e as vezes nem percebemos a importância delas para as crianças.
Ao propor aos meus alunos (média de idade entre 9 e 11 anos) que formulassem perguntas sobre assuntos que tinham curiosidade, vejamos algumas:
Por que existem barcos?
Por que existem cachorros?
Por que existe vidro?
Por que existe o Laboratório de Aprendizagem?
Por que as pessoas morrem?
Por que temos cores diferentes?
Por que os orientais tem olhos puxados?
De onde veio as histórias de terror?
O que são malfagafinhos?
O que é cilada?
Por que existe cabelo?
Por que temos pintas?
Por que existem grãos?
Por que chove?
Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
Por que o bebê chora?
Cada pergunta dessas rende uma aula enriquecida pela curiosidade de cada um deles.
Que saibamos ouvir a curiosidade de nossos alunos!!!!!!!!!!!!
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